Conforme a SSPDS, o número de ocorrências ainda é menor que os registrados nos anos de 2016 e 2015.
A cúpula da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) divulgou durante entrevista coletiva concedida, ontem, os resultados da operação. Os responsáveis pela Pasta consideram os resultados das ações positivos ( Foto: Thiago Gadelha )
00:00 · 03.03.2017 por Emanoela Campelo de Melo - Repórter
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Das 18h de sexta-feira (24) às 6h do dia 1º de março (Quarta-feira de Cinzas), 46 pessoas foram vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) - que englobam homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte - no Estado do Ceará. No período carnavalesco de 2016, a soma foi 53 casos; em 2015, foram 76 casos. Os números mostram que em 2017, houve redução nos índices, em relação aos dois anos anteriores.
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Divulgado pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o levantamento da 'Operação Carnaval 2017' mostra que quando comparado a igual período do feriado prolongado em 2016, houve redução de 13,2%. Segundo a Secretaria, 10 dos 46 CVLIs contabilizados aconteceram em Fortaleza, sendo o domingo de Carnaval o dia com mais registros de mortes: quatro só na Capital.
Já na Região Metropolitana, o índice reduziu significativamente. Em 2016, foram 18 mortes violentas. Neste ano, o número caiu para 10, não havendo registros na sexta e na quarta-feira. Os interiores Norte e Sul contabilizaram13 CVLIs cada.
Acidentes
Para as autoridades, o resultado é tido como satisfatório. O responsável pela Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol), delegado Fernando Menezes, ressalta a baixa no número de acidentes nas rodovias estaduais.
No Carnaval de 2016, 13 pessoas morreram nas rodovias; em 2017 o número chegou a 11. Os dados mostram que cerca de 20 mil veículos foram abordados nos dias de folia. Neles, 4.830 motoristas receberam notificações e 419 condutores foram autuados na Lei Seca.
obre o perfil dos acidentes, o tenente-coronel Ronaldo Silva, comandante do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE) lembra que os ocorridos divergem e, apesar da data ser marcada por festas, nem todas as vítimas que morreram nas estradas estaduais se deslocavam sob embriaguez ou tinham irregularidades em seus veículos, como o caso do casal que morreu após o carro capotar e cair no Canal da Integração.
Confisco
O acréscimo nos números deste Carnaval ficou por conta da soma de armas apreendidas e de pessoas detidas. Neste ano, as ações resultaram em 91 armas encontradas; em 2016 foram 66. Os autos de prisão também aumentaram de 471 para 487.
Para o secretário da SSPDS, André Costa, o maior volume de apreensões interligado à diminuição no número de mortes violentas demonstra a eficácia do trabalho preventivo da Polícia. "Vimos que muitas das armas apreendidas são de grosso calibre. Creditamos os números à melhor atuação dos policiais nas ruas. Quando se melhora a qualidade de trabalho dentro, isso reflete fora", avaliou.
O responsável pela Copol acrescenta que retirar armamento das vias públicas interfere na prevenção de vítimas, incluindo os crimes banais. "Para nós da Segurança Pública é de fundamental importância a apreensão dessas armas, porque cada arma na rua significa uma vítima".
A região do Interior Sul se destaca por ultrapassar Fortaleza e Região Metropolitana no total de armas apreendidas e autos de prisão. Só nesta localidade houve 42 recolhimentos de armas e 147 detenções em flagrante. O secretário André Costa afirma que a concentração no espaço Sul se deve a uma questão cultural. "As pessoas querem se defender com armas e muitas não têm os mecanismos para solicitar esse porte".
Conforme a Pasta, o tráfico no período carnavalesco também sofreu uma baixa. Foram recolhidos 37Kg de entorpecentes ao longo dos dias da operação. Costa ressalta que o número se maximiza quando lembrado que na quinta-feira (23) houve apreensão de 75 kg de drogas.
Fonte DN