-->

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Polícia Federal deflagra operação contra pornografia infantil no Ceará e mais 15 Estados

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira, 22, no âmbito da Operação Darknet II, 70 mandados de busca e apreensão e de prisão em 16 estados para combater rede de distribuição de pornografia infantil na chamada "Deep Web".

Segundo nota da PF, cerca de 300 policiais federais cumprem as ordens judiciais nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Pará e Amazonas.

A segunda fase da Operação Darknet investiga a participação de 67 pessoas na troca e na distribuição de fotos e vídeos com conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. 

Durante as investigações da Operação Darknet II, a Polícia Federal antecipou o cumprimento de sete ordens judiciais para evitar o possível abuso sexual de crianças (Paraná, Distrito Federal e Rio de Janeiro).

Desde a primeira fase da Operação Darknet (2014) a Polícia Federal desenvolve metodologia de investigação e ferramentas para identificar usuários da "Dark Web" - considerado um meio seguro de divulgação de conteúdos variados de forma anônima.

No Ceará

À época, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Fortaleza, e um no município de Beberibe (CE). Em Juazeiro do Norte foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. Na residência do homem preso, de iniciais C.S.B., foi encontrado material de pornografia infanto-juvenil. Ele foi condenado, ainda em 2014, a mais de 56 anos de prisão.

De acordo com a denúncia, no período de março a junho de 2014, o condenado publicou e disponibilizou fotos e vídeos de crianças em práticas sexuais explícitas ou em atos libidinosos em fórum na Deep Web.As investigações concluíram que envolvido abusava sexualmente de pelo menos duas crianças, sendo que uma delas estava submetida aos abusos desde ano de 2010.

Êxito na Deep Web

"A arquitetura desse ambiente impossibilita a identificação do ponto de acesso (IP), ocultando o real usuário que acessa a rede. Poucas polícias no mundo obtiveram êxito em investigações na Dark Web, como o FBI, a Scotland Yard e a Polícia Federal Australiana”, diz a nota da PF.

Diário do Nordeste