Dezenas de estudantes universitários que firmaram contrato com a 'Realize Assessoria em Eventos' registraram queixa na Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) contra a empresa dizendo que foram enganados. Pelo menos 28 turmas sinalizaram estar na mesma situação. A Polícia estima que o golpe dado pela firma seja de cerca de um milhão de reais.
Conforme os estudantes, a empresa estava contratada para realizar bailes de formatura e ensaios fotográficos, mas na última terça-feira (8) enviou um e-mail comunicando aos formandos que não cumpriria os contratos. "Infelizmente e tristemente viemos aqui para informar a todos os nossos clientes que a partir desta data a empresa Realize Assessoria finaliza suas atividades e as nossas portas serão fechadas. Lamentavelmente não temos mais como honrar com a execução de eventos em curso. Pedimos humildes desculpas a todos os formandos", diz o texto.
Ainda incrédulo com a notícia, o formando em Ciências Contábeis Davi Maia afirmou que a festa de sua turma estava orçada em mais de R$ 80 mil e metade do dinheiro já havia sido repassado à empresa. "É uma situação muito difícil. Todo mundo estava pagando à Realize com sacrifício. Não dá para acreditar que não vai ter a festa", lamentou.
Culpa
Já a estudante de Publicidade e Propaganda Taynara Pessoa afirmou que o baile de sua turma estava orçado em R$ 60 mil, dos quais R$ 53 foram pagos. "Já vínhamos tendo problemas. Para que eles pagassem a reserva da data no bufê já foi preciso cobrar muito, mas nunca achamos que fosse terminar assim. Colocaram a culpa na situação financeira do País e comprometeram o momento mais importante da vida de tanta gente".
O delegado Jaime Paula Pessoa Linhares, titular da DDF, disse que a Polícia tentará remeter o inquérito à Justiça, antes do prazo legal de 30 dias. Segundo Linhares, os sócios Juliana Rodrigues Queiroz e Deoclézio Carvalho Costa serão investigados pelo crime de estelionato.
"A DDF trata a situação como um golpe. Para mim não interessa qualquer especulação sobre falência, até porque eu não tenho nenhum documento que comprove isso. Todos os indícios que temos são de estelionato".
Jaime Paula Pessoa ressaltou que é preciso ficar atento com esse tipo de contrato. "São contratos de risco, porque são realizados para serem cumpridos quatro, cinco anos depois. No momento em que são feitos não há como avaliar se a empresa terá lastro financeiro para cumpri-lo se houver um percalço no caminho. Neste caso, os estudantes estavam depositando o dinheiro em uma conta pessoal, na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Se a empresa não tem, sequer, uma conta bancária, desconfiem", alertou.
O delegado afirma que além do prejuízo financeiro, fica também o emocional. "Pode até ser que consigam o ressarcimento do dinheiro se moverem uma ação cível, mas há um prejuízo impagável que é o afetivo. Um sonho se perdeu e ninguém pode compensar isso. Os sócios não são só suspeitos de estelionato, são ladrões de sonhos", declarou o delegado. Os sócios da empresa não foram localizados.
Diário do Nordeste
Conforme os estudantes, a empresa estava contratada para realizar bailes de formatura e ensaios fotográficos, mas na última terça-feira (8) enviou um e-mail comunicando aos formandos que não cumpriria os contratos. "Infelizmente e tristemente viemos aqui para informar a todos os nossos clientes que a partir desta data a empresa Realize Assessoria finaliza suas atividades e as nossas portas serão fechadas. Lamentavelmente não temos mais como honrar com a execução de eventos em curso. Pedimos humildes desculpas a todos os formandos", diz o texto.
Ainda incrédulo com a notícia, o formando em Ciências Contábeis Davi Maia afirmou que a festa de sua turma estava orçada em mais de R$ 80 mil e metade do dinheiro já havia sido repassado à empresa. "É uma situação muito difícil. Todo mundo estava pagando à Realize com sacrifício. Não dá para acreditar que não vai ter a festa", lamentou.
Culpa
Já a estudante de Publicidade e Propaganda Taynara Pessoa afirmou que o baile de sua turma estava orçado em R$ 60 mil, dos quais R$ 53 foram pagos. "Já vínhamos tendo problemas. Para que eles pagassem a reserva da data no bufê já foi preciso cobrar muito, mas nunca achamos que fosse terminar assim. Colocaram a culpa na situação financeira do País e comprometeram o momento mais importante da vida de tanta gente".
O delegado Jaime Paula Pessoa Linhares, titular da DDF, disse que a Polícia tentará remeter o inquérito à Justiça, antes do prazo legal de 30 dias. Segundo Linhares, os sócios Juliana Rodrigues Queiroz e Deoclézio Carvalho Costa serão investigados pelo crime de estelionato.
"A DDF trata a situação como um golpe. Para mim não interessa qualquer especulação sobre falência, até porque eu não tenho nenhum documento que comprove isso. Todos os indícios que temos são de estelionato".
Jaime Paula Pessoa ressaltou que é preciso ficar atento com esse tipo de contrato. "São contratos de risco, porque são realizados para serem cumpridos quatro, cinco anos depois. No momento em que são feitos não há como avaliar se a empresa terá lastro financeiro para cumpri-lo se houver um percalço no caminho. Neste caso, os estudantes estavam depositando o dinheiro em uma conta pessoal, na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Se a empresa não tem, sequer, uma conta bancária, desconfiem", alertou.
O delegado afirma que além do prejuízo financeiro, fica também o emocional. "Pode até ser que consigam o ressarcimento do dinheiro se moverem uma ação cível, mas há um prejuízo impagável que é o afetivo. Um sonho se perdeu e ninguém pode compensar isso. Os sócios não são só suspeitos de estelionato, são ladrões de sonhos", declarou o delegado. Os sócios da empresa não foram localizados.
Diário do Nordeste