A Polícia Civil do Estado do Ceará fará uma paralisação de 24 horas a partir das 8h desta quarta-feira (21). A ação faz parte de um movimento nacional convocado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol).
A categoria tem assembleia geral marcada para as 12h na Praça dos Voluntários, localizada em frente à Delegacia-Geral da Polícia Civil, no Centro da Capital. No ato, conforme o Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol-CE), poderá ser deflagrada greve. Os policiais civis cearenses reivindicam reajuste salarial, aumento do efetivo e proibição de desvios de funções.
"O pedido histórico é de que escrivães e inspetores recebam o equivalente a 60% do valor do delegado, mas essa porcentagem não chega nem a 20% na classe inicial. Outra reclamação é a questão da custódia de preso. Essa atividade é ilegal", destacou o presidente do Sinpol-CE, Francisco Lucas de Oliveira. Segundo o sindicalista, há grande probabilidade de os policiais civis deflagrarem a greve.
Movimento
Para ratificar as reivindicações, o Sinpol-CE deflagrou a 'Operação Polícia Legal' no último dia 9 de setembro, realizando uma série de atividades nos últimos dias, que culminam na Assembleia de hoje. Na semana anterior ao início da Operação, uma inspetora da Polícia Civil foi agredida por um preso do 35º DP (Curió) enquanto entregava uma refeição na cela, acirrando os ânimos da categoria.
Uma das medidas adotadas foi suspender a entrega do café da manhã levado às delegacias pelas famílias dos presos. Em protesto, presos do 11º DP (Pan-Americano) realizaram um motim, enquanto os do 24º DP (Pacatuba) fizeram greve de fome.
A atitude dos policiais foi criticada pelo governador do Estado, Camilo Santana, por "cercear o direito das pessoas de receber alimentação".
Durante a paralisação, o 7º DP (Pirambu) e a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), no bairro São Gerardo, irão atender à população da Capital e da Região Metropolitana. No Interior, somente as Delegacias Regionais de Camocim, na Região Norte, e a de Brejo Santo, na Região Sul, funcionarão.
De acordo com o Sinpol, as quatro unidades atenderão em regime de plantão. A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) funcionará normalmente. Boletins de Ocorrência (B.Os) online também não sofrerão impactos durante o período. Ao todo, o Sindicato estima a adesão de aproximadamente 2.600 policiais, entre escrivães e inspetores. Os delegados não participarão do movimento.
Em nota à reportagem, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que "a categoria tem a obrigação legal de manter, pelo menos, 30% do efetivo atendendo às demandas da população".
A Pasta também destacou "que o diálogo com a categoria permanece aberto e que as solicitações dos profissionais estão sendo analisadas em conjunto com outras pastas do Governo".
Diário do Nordeste
A categoria tem assembleia geral marcada para as 12h na Praça dos Voluntários, localizada em frente à Delegacia-Geral da Polícia Civil, no Centro da Capital. No ato, conforme o Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol-CE), poderá ser deflagrada greve. Os policiais civis cearenses reivindicam reajuste salarial, aumento do efetivo e proibição de desvios de funções.
"O pedido histórico é de que escrivães e inspetores recebam o equivalente a 60% do valor do delegado, mas essa porcentagem não chega nem a 20% na classe inicial. Outra reclamação é a questão da custódia de preso. Essa atividade é ilegal", destacou o presidente do Sinpol-CE, Francisco Lucas de Oliveira. Segundo o sindicalista, há grande probabilidade de os policiais civis deflagrarem a greve.
Movimento
Para ratificar as reivindicações, o Sinpol-CE deflagrou a 'Operação Polícia Legal' no último dia 9 de setembro, realizando uma série de atividades nos últimos dias, que culminam na Assembleia de hoje. Na semana anterior ao início da Operação, uma inspetora da Polícia Civil foi agredida por um preso do 35º DP (Curió) enquanto entregava uma refeição na cela, acirrando os ânimos da categoria.
Uma das medidas adotadas foi suspender a entrega do café da manhã levado às delegacias pelas famílias dos presos. Em protesto, presos do 11º DP (Pan-Americano) realizaram um motim, enquanto os do 24º DP (Pacatuba) fizeram greve de fome.
A atitude dos policiais foi criticada pelo governador do Estado, Camilo Santana, por "cercear o direito das pessoas de receber alimentação".
Durante a paralisação, o 7º DP (Pirambu) e a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), no bairro São Gerardo, irão atender à população da Capital e da Região Metropolitana. No Interior, somente as Delegacias Regionais de Camocim, na Região Norte, e a de Brejo Santo, na Região Sul, funcionarão.
De acordo com o Sinpol, as quatro unidades atenderão em regime de plantão. A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) funcionará normalmente. Boletins de Ocorrência (B.Os) online também não sofrerão impactos durante o período. Ao todo, o Sindicato estima a adesão de aproximadamente 2.600 policiais, entre escrivães e inspetores. Os delegados não participarão do movimento.
Em nota à reportagem, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que "a categoria tem a obrigação legal de manter, pelo menos, 30% do efetivo atendendo às demandas da população".
A Pasta também destacou "que o diálogo com a categoria permanece aberto e que as solicitações dos profissionais estão sendo analisadas em conjunto com outras pastas do Governo".
Diário do Nordeste