Considerado chefe da organização criminosa, Cachoeira comandava empresas fantasmas que mantinham contratos falsos com a Delta ( Foto: Agência Câmara ) |
Rio de Janeiro. A Polícia Federal prendeu, ontem, Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e mais três suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção que lavou R$ 370,4 milhões em recursos públicos federais.
Quinto alvo da operação e apontado como chefe da quadrilha é Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta Construções, que é considerado foragido - está, possivelmente, na Europa, segundo a PF. A empreiteira e 18 empresas de fachada que serviam a ela são apontadas como parte da engenharia montada para lavar o dinheiro.
A Operação Saqueador, planejada pela PF e pelo Ministério Público Federal, apurou que o esquema fraudulento montado em torno da Delta resultou no desvio de verbas destinadas a obras entre 2007 a 2012. São obras superfaturadas ou que sequer foram realizadas. Segundo os investigadores, servidores públicos e políticos receberam propinas da empreiteira.
Foram identificadas três organizações que agiam em conjunto: uma dentro da Delta, outra liderada por Adir Assad e Marcelo Abbud, donos de empresas fantasmas, e uma terceira por Cachoeira, também proprietário de empresas do gênero. Cachoeira e Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, foram presos em Goiânia. Assad e Abbud em São Paulo.
Cavendish embarcou no último dia 22 do Rio para a Europa. Ele será procurado com a ajuda de Interpol. Ontem, a PF chegou a procurá-lo em seu apartamento, de frente para a praia do Leblon, no Rio. No imóvel, os agentes apreenderam um cofre.
Mais 18 pessoas 14 funcionários da Delta, duas sócias de empresas de fachada e dois contadores - foram denunciadas pelo MPF como operadores do esquema. Todos pelos mesmos crimes: lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A PF foi aos endereços indicados como sedes das empresas de fachada, com as quais eram firmados contratos fictícios, e encontrou um consultório de dentista em Santana de Parnaíba (SP) e uma loja de material de construção na capital paulista, além de residências e áreas descampadas. As empresas emitiam notas fiscais frias, “limpando” o dinheiro. Depois, os valores eram sacados em espécie para o pagamento de propinas, disse o procurador Leandro Mitidieri, autor da denúncia. As notas frias eram expedidas para a Delta e outras empresas corruptas.
Entre as obras da Delta que constam da denúncia está a do Parque Aquático Maria Lenk, construído no Rio para o Pan Americano de 2007 com dispensa indevida de licitação, e que agora será usado ma Olimpíada. Cavendish chegou a ser condenado a quatro anos e meio de prisão em regime semiaberto pelo desvio dessa verba, em 2013. No Rio, o empresário matinha relação com o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), que não é alvo da operação.
Os advogados de Cachoeira e Abreu afirmaram que só vão se pronunciar quando tiverem mais detalhes sobre as denúncias. Os representantes de Assad e Pereira Neto disseram que vão pedir à Justiça que eles respondam em liberdade. Já a defesa de Cavendish se disse “estarrecida” com a prisão”.
Diário do Nordeste
Quinto alvo da operação e apontado como chefe da quadrilha é Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta Construções, que é considerado foragido - está, possivelmente, na Europa, segundo a PF. A empreiteira e 18 empresas de fachada que serviam a ela são apontadas como parte da engenharia montada para lavar o dinheiro.
A Operação Saqueador, planejada pela PF e pelo Ministério Público Federal, apurou que o esquema fraudulento montado em torno da Delta resultou no desvio de verbas destinadas a obras entre 2007 a 2012. São obras superfaturadas ou que sequer foram realizadas. Segundo os investigadores, servidores públicos e políticos receberam propinas da empreiteira.
Foram identificadas três organizações que agiam em conjunto: uma dentro da Delta, outra liderada por Adir Assad e Marcelo Abbud, donos de empresas fantasmas, e uma terceira por Cachoeira, também proprietário de empresas do gênero. Cachoeira e Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, foram presos em Goiânia. Assad e Abbud em São Paulo.
Cavendish embarcou no último dia 22 do Rio para a Europa. Ele será procurado com a ajuda de Interpol. Ontem, a PF chegou a procurá-lo em seu apartamento, de frente para a praia do Leblon, no Rio. No imóvel, os agentes apreenderam um cofre.
Mais 18 pessoas 14 funcionários da Delta, duas sócias de empresas de fachada e dois contadores - foram denunciadas pelo MPF como operadores do esquema. Todos pelos mesmos crimes: lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A PF foi aos endereços indicados como sedes das empresas de fachada, com as quais eram firmados contratos fictícios, e encontrou um consultório de dentista em Santana de Parnaíba (SP) e uma loja de material de construção na capital paulista, além de residências e áreas descampadas. As empresas emitiam notas fiscais frias, “limpando” o dinheiro. Depois, os valores eram sacados em espécie para o pagamento de propinas, disse o procurador Leandro Mitidieri, autor da denúncia. As notas frias eram expedidas para a Delta e outras empresas corruptas.
Entre as obras da Delta que constam da denúncia está a do Parque Aquático Maria Lenk, construído no Rio para o Pan Americano de 2007 com dispensa indevida de licitação, e que agora será usado ma Olimpíada. Cavendish chegou a ser condenado a quatro anos e meio de prisão em regime semiaberto pelo desvio dessa verba, em 2013. No Rio, o empresário matinha relação com o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), que não é alvo da operação.
Os advogados de Cachoeira e Abreu afirmaram que só vão se pronunciar quando tiverem mais detalhes sobre as denúncias. Os representantes de Assad e Pereira Neto disseram que vão pedir à Justiça que eles respondam em liberdade. Já a defesa de Cavendish se disse “estarrecida” com a prisão”.
Diário do Nordeste