Os buracos são um atraso para quem depende das estradas para se deslocar. (Foto: José Avelino Neto) |
As condições das estradas cearenses têm sido motivo de constante reclamação, seja para quem viaja por hobby ou para quem trabalha viajando. No caso desta última opção, os transtornos são ainda maiores e se somam a prejuízos.
Nesta cidade do Sertão Central do Estado, localizada a 220Km da Capital, trabalhadores do transporte intermunicipal enfrentam problemas diariamente devido às condições do trecho da BR-122 que liga Banabuiú a Quixadá.
Prejuízos
Gilberto Santos Ribeiro tem duas vans que fazem o transporte de passageiros de Banabuiú para Quixadá todos os dias. No último fim de semana, os veículos estavam quebrados e ele deixou de trabalhar. Um deles foi consertado, mas o serviço durou três dias.
"Com essa estrada aí, o carro não aguenta! É só prejuízo". Só neste ano, ele estima que já gastou quase R$ 50 mil com reparos e consertos nos veículos que mantém. Os problemas mais frequentes, segundo suas informações, são de suspensão do veículo, pneus empenados, correias e regulagem das portas.
Desde 2011 Gilberto se filiou à Cooperativa de Transportes Complementares Intermunicipais e Fretamento do Sertão Central no Estado do Ceará (CoopStar). O serviço de levar passageiros de uma cidade para outra no Interior cresceu e se tornou frequente. E quando ele deixa de circular, não é só a população que sai prejudicada. A Cooperativa também sai.
"É uma série de consequências. A gente tem que sair atrás de outro carro que possa suprir aquele buraco que ficou quando um deles quebra, porque não pode deixar de circular no horário estabelecido", afirma o presidente da CoopStar, Fábio de Sousa Ferreira.
O presidente estima que só neste ano teve que encaminhar mais de 40 ofícios ao Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) para comunicar que os veículos que deixaram de circular estavam quebrados. Somados, os prejuízos já chegam a mais de R$ 100 mil entre os motoristas filiados. Para Fábio, o problema enfrentado por Gilberto não é o único. E é recorrente. "Nossa cooperativa foi fundada no Sertão Central em 2009 e lhe afirmo, seguramente, que este foi o ano que mais tivemos carros quebrados. Temos outros trechos ruins, mas esse de Banabuiú é o foco da maioria dos problemas", garante o presidente da CoopStar.
Problemas
Segundo os trabalhadores do ramo, buracos e obras de recapeamento, consideradas mau feitas, são, ultimamente, a principal razões dos transtornos. Para elesm os buracos que reaparecem no trecho são uma prova de que o serviço de recuperação foi mal feito e é mais um exemplo de desperdício dos recursos públicos federais.
Enquanto a questão não é resolvida, eles seguem enfrentando obstáculos diariamente, o que também gera desconforto aos passageiros. "Recebemos muitas reclamações da fiscalização, de passageiros que denunciam as condições da viagem. Balança muito mesmo mas, não é uma culpa nossa! São as estradas!", afirma Gilberto.
Solução
Se os problemas existem, não são por falta de investimento. Para as estradas que cortam o Ceará, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) informou que, somados os investimentos da Lei Orçamentária da União (LOA) e a Lei de Créditos Adicionais, só no ano passado foram destinados cerca de R$ 240 mi de reais em autorizações orçamentárias. Em 2016, mais R$ 150 mi estão previstos por meio da mesma lei.
Acidentes
Trechos comprometidos nas estradas cearenses foram responsáveis por causar 104 mortes no ano passado. Conforme levantamento feito pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE), dez cidades do Ceará foram responsáveis por apresentar os 37 piores trechos, que contabilizaram o maior número de acidentes. Maranguape, São Gonçalo do Amarante e Aquiraz apresentam os trechos onde os acidentes causaram o maior número de vítimas.
Mais informações:
DER
(85) 3101-5704
PRE
(85) 3387-1577
Superintendência Regional do Dnit no Ceará
(85) 4012- 9451
Superintendência da PRF
(85) 3213-0131
Diário do Nordeste
Nesta cidade do Sertão Central do Estado, localizada a 220Km da Capital, trabalhadores do transporte intermunicipal enfrentam problemas diariamente devido às condições do trecho da BR-122 que liga Banabuiú a Quixadá.
Prejuízos
Gilberto Santos Ribeiro tem duas vans que fazem o transporte de passageiros de Banabuiú para Quixadá todos os dias. No último fim de semana, os veículos estavam quebrados e ele deixou de trabalhar. Um deles foi consertado, mas o serviço durou três dias.
"Com essa estrada aí, o carro não aguenta! É só prejuízo". Só neste ano, ele estima que já gastou quase R$ 50 mil com reparos e consertos nos veículos que mantém. Os problemas mais frequentes, segundo suas informações, são de suspensão do veículo, pneus empenados, correias e regulagem das portas.
Desde 2011 Gilberto se filiou à Cooperativa de Transportes Complementares Intermunicipais e Fretamento do Sertão Central no Estado do Ceará (CoopStar). O serviço de levar passageiros de uma cidade para outra no Interior cresceu e se tornou frequente. E quando ele deixa de circular, não é só a população que sai prejudicada. A Cooperativa também sai.
"É uma série de consequências. A gente tem que sair atrás de outro carro que possa suprir aquele buraco que ficou quando um deles quebra, porque não pode deixar de circular no horário estabelecido", afirma o presidente da CoopStar, Fábio de Sousa Ferreira.
O presidente estima que só neste ano teve que encaminhar mais de 40 ofícios ao Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) para comunicar que os veículos que deixaram de circular estavam quebrados. Somados, os prejuízos já chegam a mais de R$ 100 mil entre os motoristas filiados. Para Fábio, o problema enfrentado por Gilberto não é o único. E é recorrente. "Nossa cooperativa foi fundada no Sertão Central em 2009 e lhe afirmo, seguramente, que este foi o ano que mais tivemos carros quebrados. Temos outros trechos ruins, mas esse de Banabuiú é o foco da maioria dos problemas", garante o presidente da CoopStar.
Problemas
Segundo os trabalhadores do ramo, buracos e obras de recapeamento, consideradas mau feitas, são, ultimamente, a principal razões dos transtornos. Para elesm os buracos que reaparecem no trecho são uma prova de que o serviço de recuperação foi mal feito e é mais um exemplo de desperdício dos recursos públicos federais.
Enquanto a questão não é resolvida, eles seguem enfrentando obstáculos diariamente, o que também gera desconforto aos passageiros. "Recebemos muitas reclamações da fiscalização, de passageiros que denunciam as condições da viagem. Balança muito mesmo mas, não é uma culpa nossa! São as estradas!", afirma Gilberto.
Solução
Se os problemas existem, não são por falta de investimento. Para as estradas que cortam o Ceará, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) informou que, somados os investimentos da Lei Orçamentária da União (LOA) e a Lei de Créditos Adicionais, só no ano passado foram destinados cerca de R$ 240 mi de reais em autorizações orçamentárias. Em 2016, mais R$ 150 mi estão previstos por meio da mesma lei.
Acidentes
Trechos comprometidos nas estradas cearenses foram responsáveis por causar 104 mortes no ano passado. Conforme levantamento feito pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE), dez cidades do Ceará foram responsáveis por apresentar os 37 piores trechos, que contabilizaram o maior número de acidentes. Maranguape, São Gonçalo do Amarante e Aquiraz apresentam os trechos onde os acidentes causaram o maior número de vítimas.
Mais informações:
DER
(85) 3101-5704
PRE
(85) 3387-1577
Superintendência Regional do Dnit no Ceará
(85) 4012- 9451
Superintendência da PRF
(85) 3213-0131
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