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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Quadrilha aplica golpe em dezenas de usuários de sites de vendas. Chefe do bando comandava tudo dentro da cadeia


Uma quadrilha de estelionatários foi desarticulada pela Polícia Civil, em Fortaleza, após lesar dezenas de usuários de lojas virtuais na internet. O bando “comprava” objetos postos à venda pelos usuários da rede.  O compromisso de pagamento através de transferência ou depósito em conta bancária não acontecia. O bando aplicava o golpe através do sistema financeiro. E mais, o chefe do bando comandava tudo de dentro de um presídio na Região Metropolitana.

Mário Augusto Freire Tavares, o “Marujo”, um estelionatário já bastante conhecido da Polícia, coordenava através de um telefone celular, de dentro da cadeia, todas as transações fraudulentas que seu grupo realizava em Fortaleza. Seu principal parceiro era Antônio William de Sousa, que acabou preso numa investigação comandada pelo delegado Pedro Viana Júnior, titular do 12º DP (Conjunto Ceará) e coordenador da Área Integrada de Segurança 2 (AIS-2).

O grupo visitava diariamente os sites de vendas na internet e quando se interessava por algum produto exposto entrava em contato com o usuário e dizia que estava interessado no produto. Simulava  depositar ou transferir para a conta do vendedor o valor da compra, ia buscar o objeto na casa da vítima e desaparecia.

Posteriormente, a vítima descobria que  havia caído na fraude. A transação bancária não fora fechada pois, no caso de um suposto depósito, o envelope introduzido no caixa eletrônico,  com o suposto valor da compra, estava vazio. Até o banco informar ao cliente o bloqueio da operação, os golpistas já haviam ido apanhar o objeto e entregaram o comprovante do depósito em conta fictício.

Várias vítimas já foram ao 12º DP prestar queixa do golpe e reconheceram Antônio William como uma das pessoas com quem trataram da venda. Já o chefe do bando foi conduzido do presídio até a delegacia onde prestou depoimento e negou tudo. “Marujo” e sua quadrilha deverão ser indiciados em vários inquéritos por crime de estelionato. 

Blog do Fernando Ribeiro