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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Pernambuco identifica pela 1ª vez presença de zika em bebês com microcefalia


O Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, da Fiocruz, e a Secretaria de Saúde de Pernambuco conseguiram identificar pela primeira vez a presença do vírus da zika em bebês com microcefalia no Estado. Amostras do líquido cefalorraquidiano de 12 bebês com a má-formação revelaram em todos eles a existência de anticorpos recentes contra o vírus, o que comprova que os fetos foram infectados no útero.

Para os especialistas, o resultado reforça as evidências de que o vírus da zika provoca microcefalia, uma má-formação do cérebro que compromete o desenvolvimento infantil. Os testes foram feitos com reagentes cedidos pelo CDC (centros de controle de doenças), dos EUA. “No líquido que foi extraído da medula desses bebês encontramos o IgM, que é um anticorpo incapaz de ultrapassar a placenta. Isso nos leva a constatar que o próprio bebê produziu o anticorpo por ter sido infectado pelo zika depois que a mãe foi picada pelo Aedes, afirmou Marli Tenório, pesquisadora do Aggeu Magalhães.

Apesar de serem apenas 12 casos confirmados em um universo de 1.447 notificações de microcefalia no Estado, a secretária de Vigilância em Saúde de Pernambuco, Luciana Albuquerque, diz que resultado mostra avanços na investigação.

O Povo Online