Duas pessoas mortas e, pelo menos, seis feridas. Este foi o resultado da tentativa de uma nova chacina nas ruas de Fortaleza, fato ocorrido entre a noite de segunda-feira passada (16) e a madrugada de terça-feira (17).
Uma quadrilha armada, utilizando dois carros importados, percorreu três bairros da Capital e tentou executar protagonizar mais uma matança, à exemplo do que ocorreu na madrugada da última quinta-feira nas comunidades da Lagoa Redonda, Curió e Conjunto São Miguel, na Grande Messejana. Onze pessoas foram executadas.
O fato teve início quando criminosos em uma caminhonete Hilux preta, com o apoio de outros homens em um Honda Civic prata, foram até a Rua Elcias Lopes, no bairro Itaoca, e ali atingiram a tiros um homem identificado apenas por “Naná”. Em seguida, chegaram à Rua Cabral de Alencar, no mesmo bairro, e atiraram contra uma mulher que estava na porta de casa.
A seguir, o bando fugiu nos dois veículos e se dirigiu à Rua Vidal de Negreiros, no bairro Jardins Cearenses, onde executou um homem identificado como Ângelo Antônio da Silva Costa. Depois, a quadrilha foi até uma rua próxima, a Uirapuru, e matou mais uma pessoa, um jovem ainda não identificado.
A sequência de atentados violentos terminou quando a mesma quadrilha seguiu até o bairro Vila Manuel Sátiro e atirou contra mais quatro pessoas no cruzamento das ruas Padre Arimatéa e Albano Amaral. Todas foram socorridas por vizinhos e equipes do Samu. Seus nomes não foram divulgados.
A sequência de atos de violência passa agora, a ser investigada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os criminosos não foram ainda identificados e não se sabe a motivação dos crimes. Os sobreviventes da tentativa de chacina passarão a ser ouvidos em depoimentos.
Matança
Há uma semana, 11 pessoas foram mortas na Grande Messejana. No espaço de apenas duas horas, bandidos invadiram casas e retiraram à força as vítimas, que acabaram sendo arrastadas para o meio da rua e eliminadas sumariamente com tiros na cabeça, pescoço, tórax e costas. Todas receberam disparos à curta distância ou à queima-roupa.
Os 11 mortos foram identificados como: Antônio Álisson Inácio Cardoso, 17 anos; Patrício João Pinho Leite, 16; Francisco Elenildo Pereira Chagas, 41; Jandson Alexandre de Sousa, 19; Valmir Ferreira da Conceição, 20; Marcelo da Silva Mendes, 17; Pedro Alcântara Barroso do Nascimento,18; Alef Sousa Cavalcante, 19; Jardel Lima dos Santos, 17; Marcelo da Silva Pereira, 17; e Renaylson Girão da Silva, 17.
Uma força-tarefa composta por cinco delegados da DHPP, três promotores de Justiça, além de inspetores,escrivães e peritos criminais, apura a maior chacina já registrada na Capital. cearense.
Blog do Fernando Ribeiro