O Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol) denuncia que a categoria está trabalhando nas ruas, no combate ao crime, com munições e coletes com prazos de validade vencidos. Na tarde desta segunda-feira, a entidade realiza uma coletiva de Imprensa para dar detalhes da situação.
Segundo o presidente do Sinpol, Gustavo Simplício, será divulgado o conteúdo de um documento que foi encaminhado ao delegado-geral da Polícia Civil, Andrade Júnior, sobre a questão da munição vencida que está sendo utilizada pelos inspetores e escrivães.
No documento, Gustavo Simplício alerta sobre o perigo que os agentes estão correndo ao participarem diretamente de operações de combate ao crime, em cercos policiais em todo o estado, com “suprimentos de trabalho vencidos, tais como munições e coletes balísticos”.
Na coletiva, será também apresentado um comparativo histórico do fornecimento dos insumos aos agentes da instituição.
A diretoria da entidade alerta, ainda, que se a situação não foi resolvida e algum policial venha a ser lesionado em operação, a entidade ingressará com uma representação judicial Civil e Criminal contra o Estado.
A direção da Polícia Civil e a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a s denúncias do sindicato.
Fuga
Além do uso de equipamentos e insumos inadequados, o sindicato tem constantemente denunciado a superlotação de presos nas delegacias de Polícia, o que tem motivado constantes episódios de fugas, brigas e rebeliões, além do desvio de função dos servidores, que deixam de trabalhar na investigação de crimes para exercer a função de carcereiro.
Na noite de domingo, dois presos conseguiram fugir do 12º DP (Conjunto Ceará) durante o plantão. A Polícia Militar agiu rapidamente. Houve tiros e muita correria e os detentos acabaram sendo recapturados logo em seguida.
Com informações do Blog do Fernando Ribeiro