Em uma semana, sete pessoas morreram por causa da dengue no Ceará.Entre os dias 1º e 8 de agosto, o total de óbitos no Estado passou de 34 para 41, nos municípios de Fortaleza (4), Itaitinga (1), Caucaia (1) e Ipueiras (1).O número já é 77% do total de 2014 e o maior dos dez anos anteriores. A ocorrência de casos este ano, porém, que somam 39.930, diminuiu 84% entre junho e julho.
Os dados foram divulgados hoje através do boletim epidemiológico semanal da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) e demonstram que 20.174 casos foram registrados apenas na Capital. As mortes aconteceram em 16 municípios e atingiu, principalmente, jovens de 25 anos. Outros 31 casos de óbito em decorrência da dengue ainda estão sendo investigados.
30 anos de dengue
Já são quase 30 anos em que a dengue é uma doença endêmica no Ceará. De acordo com o infectologista Anastácio Queiroz, a convivência do cearense com a dengue acaba sendo considerada "comum". "Grande parte da população já foi infectada por algum tipo do vírus e sabemos que quando a pessoa tem dengue pela segunda vez, é muito mais grave", afirmou.Isso acontece porque o fator imunológico que foi desenvolvido em virtude da primeira infecção desencadeia mecanismos que torna a doença mais grave.
É preciso, conforme Anastácio, que população e os médicos estejam atentos aos sintomas mais graves da doença. "Muitas vezes, a pessoa já foi infectada uma vez e não apresentou sintomas. Quando ocorre pela segunda vez os sintomas podem ser falta de ar, dor abdominal, tontura... e a avaliação não ser tão criteriosa no sentido de identificar que é dengue", detalhou o especialista.
O POVO Online