João Ferreira da Silva, piloto de parapente, morreu neste sábado, 15, durante voo em Quixadá.
Um piloto de nome João Ferreira da Silva, natural de Lisboa, em Portugal, morreu na tarde deste sábado, 15, durante um voo de parapente no município de Quixadá, no Sertão Central do Estado. Há alguns anos João morava com esposa na capital cearense.
De acordo com Artemir Junior, presidente da Associação de Voo Livre do Sertão Central, João praticava o esporte desde o ano de 2010 e era considerado um piloto experiente. Recentemente, ele havia estabelecido o seu primeiro recorde, 120 km, na modalidade cross de parapente (voo de longa distância), e estava se preparando para quebrá-lo.
Artemir Junior explica que João decolou da rampa localizada na Serra do Juá por volta das 13 horas e caiu cerca de 5 km depois, na localidade de Ouro Preto, no Distrito quixadaense de Juatama.
O parapente teria se fechado durante a passagem por um rotor (vento circular) muito forte entre as elevações rochosas. Segundo Artemir, o paraquedas reserva leva apenas dois segundos para ser aberto. “Se o paraquedas reserva tivesse sido acionado, talvez ele acabasse machucado, mas é quase certo que teria sobrevivido”, explica.
João, em um dos seus voos na Terra dos Monólitos.
João bateu violentamente contra uma rocha e teve múltiplas fraturas internas, além de um corte profundo que se estendeu do joelho até o calcanhar em uma das pernas. O voo do piloto estava sendo monitorado por equipamentos de medição que podem precisar a altura de onde João caiu. Eles serão analisados em busca de mais dados que possam ajudar a explicar o acidente. Estima-se previamente, porém, que o piloto estava a quase 300 metros acima do solo.
Artemir Junior ressalta que o esporte é seguro e que este foi o primeiro acidente fatal em mais de 20 anos de voo livre em Quixadá.
João, ao centro, com crianças de Quixadá após um dos seus voos.
Fonte: Monólitos Post