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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Banco do Brasil libera R$ 3,1 bi para setor automotivo

O Banco do Brasil (BB), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), firmaram, ontem, protocolo para dar apoio financeiro e comercial às cadeias produtivas do setor automotivo, segmentos de máquinas e implementos agrícolas, além de caminhões. A estimativa é de que o BB antecipe recursos na ordem de R$ 3,1 bilhões para o segmento de automóveis, até o final do ano.

Primeiramente se beneficiarão fornecedores estratégicos de 26 empresas âncora, de nomes não revelados. Com a futura ampliação de acordos, a instituição financeira pretende alcançar 500 grupos e desembolsar cerca de R$ 9 bilhões, para diversas cadeias produtivas, a exemplo das cooperativas, de incorporadoras e de grandes empresas exportadoras. Neste montante estão inclusos os R$ 3,1 bilhões.

Além do automotivo, a instituição anunciou medidas para facilitar o financiamento de máquinas, implementos agrícolas e caminhões. A meta é cadastrar, até o final do ano, mais de mil revendas.

O banco prevê que o prazo de liberação de financiamentos caia de 67 para 14 dias. O objetivo é beneficiar a capacidade financeira das revendas, diminuindo a necessidade de capital de giro, aumentando a disponibilidade de caixa e evitando maior endividamento.

Antes do BB, a Caixa Econômica Federal foi quem anunciou, na última terça-feira, cerca de R$ 5 bilhões em capital de giro e financiamento à cadeia automotiva em condições especiais. O convênio para o setor foi assinado entre a Caixa a Anfavea, o Sindipeças, e a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Ainda serão contemplados os setores de petróleo e gás, alimentos, energia elétrica, eletroeletrônico, telecomunicações, fármacos, químico, papel e celulose, máquinas e equipamentos e construção civil. Os créditos serão liberados para quem se comprometer a não demitir funcionários.

Funcionamento no BB

Por meio de sistema específico desenvolvido para esses convênios, a instituição receberá das empresas âncoras programação de encomendas para determinado grupo de fornecedores, ao longo de um determinado período. Aos fornecedores, o banco proverá a antecipação dos valores que seriam recebidos pelo total das entregas.
Para os fornecedores, a vantagem direta é de ter acesso antecipado a recursos com melhores condições financeiras, sem necessidade de recorrer a taxas mais elevadas no desconto de duplicatas ou no financiamento direto de capital de giro, por exemplo. Para as âncoras, trata-se da possibilidade de negociação de prazos mais vantajosos no pagamento aos fornecedores.

“Os riscos de crédito das operações de antecipação são reduzidos pela assunção de compromissos por parte das âncoras, fazendo com que as condições e taxas para as empresas do início da cadeia produtiva tenham vantagens semelhantes às oferecidas a empresas de maior porte” afirma a nota do BB.

Para as âncoras, esse composto financeiro permite a continuidade do funcionamento de todo o elo produtor de insumos para o setor automotivo, em um cenário econômico desafiador, mas que também pode se caracterizar pela substituição de fornecedores estrangeiros por nacionais, conforme afirma o comunicado da instituição financeira.

NÚMERO

R$ 5

bilhões foi o montante anunciado para o setor, terça-feira, pela Caixa
Saiba mais

A Caixa oferece condições especiais nas linhas de capital de giro e investimento, além de condições diferenciadas em linhas de crédito e outros produtos e serviços do banco para melhorar o fluxo de caixa das empresas e fornecedores do setor automotivo, auxiliando no pagamento de despesas, salários, tributos e reposição de estoques

Taxas de juros a partir de 0,83% a.m., linhas de capital de giro oferecidas com prazo de 60 meses e carência de até 6 meses para o início do pagamento das prestações

Além disso, serão ofertadas linhas de crédito do Programa Pró-Transporte para renovação de frota, com taxas máximas correspondentes a TR + 9% a.a. e até 96 meses para pagar

Outra ação prevê o financiamento de máquinas e equipamentos novos e usados. As taxas de juros são a partir de 1,50% a.m. + TR, com carência de até 6 meses e prazos de até 60 meses

O Povo Online