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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Mais R$ 113 milhões serão investidos, por ano, na Saúde cearense


O Ceará deverá receber, como aumento do teto anual do Fundo Estadual de Saúde, R$ 113 milhões. Entre os recursos, R$ 9 milhões serão destinados ao Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral. O maior volume de repasses, porém, será para a Capital e Região Metropolitana. Os investimentos foram anunciados durante visita do ministro da Saúde, Arthur Chioro, hoje ao Estado.Uma das maiores expectativas para a Saúde cearense, o funcionamento do Hospital Regional do Sertão Central continua sem data marcada. O maior apoio do Governo Federal no Sistema Único de Saúde (SUS) do Ceará era pleito recorrente do Governo Estadual diante de uma crise no setor, com filas de pacientes à espera de leitos e cirurgias, além de atendimentos em corredores.

Entre os recursos que farão parte do custeio anual em Fortaleza, R$ 30 milhões serão destinados para o Hospital de Messejana, R$ 38 milhões para o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), R$ 6 milhões para o Hospital Geral César Cals, R$ 2 milhões para o São José, R$ 11 milhões para o Albert Sabin e R$ 4,5 milhões para duas Unidades de Pronto Atendimento (Upas) nos bairros Conjunto Ceará e José Walter. No municípios do Eusébio, o investimento será de R$ 6,9 milhões no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

"Após análises técnicas sobre a necessidade de recursos e o aumento de prestação de serviços, nós anunciamos a liberação de recursos", afirmou o ministro. No HRN, conforme ele, o aumento de repasses possibilitará habilitação, através da Rede Cegonha, de 10 leitos de UTI neonatal tipo 2 e 30 leitos de cuidados intermediários neonatal. O apoio também será destinado a leitos de enfermaria clínica de retaguarda, principalmente para o tratamento de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

QUIXERAMOBIM
O Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim, inaugurado em dezembro de 2014 pelo ex-governador Cid Gomes, continua sem data para funcionar. Os altos custos de manutenção são apontados como principal entrave para que as portas da unidade continuem fechadas. "Nossas equipes estão trabalhando no sentido de analisar o processo de implantação, o quanto ele vai custar em cada uma das etapas", afirmou Arthur Chioro. Os planos iniciais para a unidade já previam o funcionamento em etapas, desde o ambulatório à realização de cirurgias. 

O ministro ressaltou a importância de que o hospital não "tire recursos de outros para sua manutenção" e da escolha de prioridades para o atendimento à saúde. "É preciso analisar para não acontecer o que aconteceu com outros hospitais no Ceará, que foram colocados em funcionamento, mas desde o começo sem contar com a contrapartida do Ministério, o que onera as finanças do Estado" acrescentou.

LANÇAMENTOS
Durante a visita, foram anunciados ainda o lançamento do aplicativo SOS AVC, que permite o pronto reconhecimento de pacientes com AVC e a comunicação imediata com o SAMU 192, além do Pacto para Ceará Saudável, que será um planejamento para pensar ações e metas para as áreas da saúde.


O POVO Online