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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Mais de R$ 272,2 mil em notas falsas circularam no Ceará





As chamadas cédulas da segunda família do real começaram a circular em 2010. As novas notas lançadas pelo Banco Central (BC) vieram com a proposta de impor mais obstáculos à falsificação. Entretanto, o que se observa atualmente é que a tentativa da instituição financeira não surtiu o efeito ideal. O BC apreendeu um total de 3.702 cédulas falsificadas nos primeiros seis meses deste ano no Ceará, quantidade correspondente a um montante de R$ 272,2 mil.

Se pensarmos em termos proporcionais, o número de notas registrado de janeiro a junho deste ano é um pouco menor do que a quantidade referente a um semestre de 2014 (4.384,5). Em todo o ano passado, foram 8.769 cédulas recolhidas pela instituição financeira no Estado, o que corresponde a R$ 589,2 mil. Contudo, no comparativo entre 2012 e 2014, houve um crescimento de 71,06% no número de notas falsas apreendidas. Em 2012, foram recolhidas 5.126 cédulas, e em 2013, 7.452.


Principal alvo
O principal alvo dos falsificadores no Ceará até agora, neste ano, foram as cédulas R$ 100 da segunda família. A instituição financeira conseguiu recolher 1.497 cópias dessas nota falsificadas nos seis primeiros meses de 2015 no Estado.

Em segundo lugar no ranking das apreensões do BC estiveram as notas de R$ 100 da primeira família do real. As antigas cédulas, anteriores às lançadas em 2010, tiveram 665 edições falsificadas apreendidas pelo banco no período. 

As notas falsas de R$ 50 da segunda família do real ocuparam o terceiro lugar dentre as mais recolhidas pelo BC, com 633 unidades. As falsificações de cédulas de R$ 20 da segunda família também tiveram quantidade bastante expressiva.

Foram 530 cópias apreendidas pelo BC nos primeiros seis meses deste ano no Ceará. Em todo o Brasil, o BC recolheu 201.346 notas falsas de janeiro a junho deste ano, o que representa R$ 13,9 milhões em dinheiro falso. No ano passado, foram 504.295 cédulas falsificadas apreendidas, o equivalente a um montante de R$ 32,9 milhões, de acordo com a instituição financeira.

Recuo
O número de notas recolhidas pela instituição, em 2014, representa um recuo em relação à quantidade registrada em 2013 (545.221), mas houve crescimento nos três anos anteriores. Em 2010, foram 432.947 notas apreendidas. Em 2011, o BC recolheu 433.390 cédulas e, em 2012, foram 516.770.

O BC ressaltou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a falsificação de notas é um problema que acontece não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. A instituição financeira também disse que, apesar de ter lançado a partir de 2010 as notas da segunda família do real, que procuraram impor mais dificuldades aos falsificadores, também houve uma evolução dos mecanismos responsáveis por burlar essa tecnologia.

Como proceder
Segundo recomendações do Banco Central, no momento em que o usuário receber a nota pertencente à primeira família, ele deve atentar sempre para a marca d'água, segurando a cédula contra a luz para identificar se a imagem que aparece corresponde ao respectivo valor da nota.

Ao observar a frente da cédula, o lado que contém a numeração, o consumidor deve reparar o canto inferior esquerdo, colocando-o na altura dos olhos, sob luz natural abundante. Deverão ficarão visíveis as letras "B" e "C". Também é recomendado que o usuário passe os dedos sobre a figura da República estampada na nota, pois ela deve estar em relevo.

Para as notas de segunda família, valem os mesmos procedimentos e mais alguns. É preciso reparar no chamado número escondido. Com a frente da nota na altura dos olhos, na posição horizontal, em um local com bastante luz, o usuário deve observar o número indicativo do valor dentro do retângulo ao lado direito da nota. Também recomenda-se que se sinta com a mão o alto relevo em diversos detalhes da cédula, como a legenda "República Federativa do Brasil" e no número do canto inferior esquerdo.

Crime 
A falsificação de notas é crime, com pena prevista de três a 12 anos de prisão. Quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de ter tomado conhecimento dessa situação, mesmo que a tenha recebido de boa fé, pode ser condenado a uma pena de 6 meses a 2 anos de detenção. Ao se deparar com uma cédula suspeita, dentro ou fora de uma agência bancária, o consumidor deve se encaminhá-la ao gerente e pedir a substituição da nota. Se não obtiver sucesso, o cidadão pode procurar uma delegacia policial mais próxima.

Mais informações:

Consulte mais dicas sobre notas falsas no www.bcb.gov.br

Murilo Viana
Repórter

Diário do Nordeste