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quarta-feira, 17 de junho de 2015

Argentina bate o Uruguai com gol de Agüero e Paraguai vence a Jamaica e encaminha vaga

Equipe de Messi ganha por 1 a 0 e lidera Grupo B 

Um clássico entre Argentina e Uruguai, em qualquer lugar do mundo, sempre será um jogo com muita tensão, confusão e emoção. E não foi diferente nesta terça-feira, no estádio La Portada, em La Serena, no Chile. Com um gol de Sergio Agüero, os argentinos ganharam por 1 a 0 e assumiram a liderança do Grupo B da Copa América, junto com o Paraguai, com 4 pontos. Os uruguaios caíram para terceiro lugar, com 3.
No sábado, a última rodada da chave promete emoção. Às 16 horas (de Brasília), o Uruguai enfrenta o Paraguai, em La Serena. Quem vencer se classifica direto às quartas de final. O mesmo vale para a Argentina, que enfrenta a Jamaica, lanterna sem pontuar, a partir das 18h30, em Viña del Mar.

A vitória nesta terça-feira valeu como uma espécie de vingança para os argentinos, que foram eliminados pelos uruguaios, atuais campeões da Copa América, nas quartas de final da última edição da competição, realizada justamente na Argentina.
Em campo, o primeiro tempo foi até tranquilo para os padrões do clássico do Rio da Prata, como argentinos e uruguaios costumam chamar o duelo. Com muita marcação, o Uruguai
conseguiu segurar o rival e só levou um susto em uma cabeçada de Agüero, que o goleiro Muslera fez grande defesa. A Argentina, com maior posse de bola, criou pouco no ataque.
Os ânimos da partida mudaram mesmo na segunda etapa. Especialmente com o gol de Agüero, aos 10 minutos. No lance, em jogada pela direita, Pastore viu Zabaleta livre na ponta direita e tocou a bola. O lateral recebeu e cruzou na primeira trave, onde o atacante do Manchester City entrou de peixinho e fez o gol de cabeça no canto esquerdo alto de Muslera.
A partir daí, os nervos ficaram mais aflorados e qualquer dividida mais ríspida gerava empurrões, discussões e o deixa disso. Complacente, o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci tentou acalmar as coisas na base da conversa. Distribuiu seis cartões amarelos - três para cada lado - e teve chances para mostrar o vermelho, mas se segurou.
O Uruguai teve sua grande chance de empatar a partida aos 29 minutos. Maxi Pereira chutou de fora da área com força, o goleiro Romero vacilou e deu rebote para o meio da área. A bola, então, sobrou limpa para Diego Rolán na entrada da pequena área. Com o gol aberto, ele chutou por cima e levou seus companheiros ao desespero.
Até o final, os uruguaios tentaram chegar ao gol de todas as maneiras, principalmente na bola aérea, mas sem sucesso. A Argentina, com Tevez na parte final da etapa, buscou os contra-ataques e chegou com perigo ao gol de Muslera em algumas oportunidades. Na melhor delas, Messi chutou forte da entrada da área e o goleiro conseguiu espalmar para escanteio.

Paraguai aproveita falha de goleiro, bate Jamaica e encaminha vaga

Jamaicanos ainda não pontuaram e são os lanternas
O Paraguai contou com uma falha individual grotesca do adversário para bater a Jamaica nesta terça-feira, em Antofagasta, e ficar perto da vaga nas quartas de final da Copa América. Como o Uruguai, os paraguaios enfrentaram muita dificuldade diante do frágil rival, mas arrancaram a vitória graças à infelicidade do goleiro Duwayne Kerr, que entregou o único gol do 1 a 0 para Edgar Benítez no primeiro tempo.
Com o heroico empate da estreia contra Argentina e a vitória desta terça, o Paraguai encaminhou sua classificação ao assumir provisoriamente a liderança do Grupo B do torneio, com quatro pontos. Os jamaicanos ainda não pontuaram e são os lanternas. Os outros times da chave, Uruguai (três pontos) e Argentina (um), se enfrentam ainda nesta terça pela segunda rodada.


Diante de uma Jamaica bastante fechada, o Paraguai começou com o comando do jogo, garantindo a posse de bola e tentando as jogadas pelo alto, quase sempre buscando Roque Santa Cruz. Mas diante da resistência dos altos zagueiros jamaicanos, o jeito foi mudar a estratégia.
A equipe, então, passou a tentar de longe e a primeira finalização realmente perigosa aconteceu aos 20 minutos. Após jogada de Benítez pela direita e rebatida da zaga, Bobadilla emendou com estilo, rente à trave direita. Este parecia ser o caminho, e foi assim que Santa Cruz voltou a assustar aos 32 minutos, quando recebeu na meia-lua e bateu de primeira, testando os reflexos de Kerr.
O Paraguai ganhava terreno, melhorava na partida, mas só abriria o placar em uma falha bizarra de Kerr. Aos 36 minutos, após lançamento forte demais da zaga sul-americana, o goleiro saiu da área para cabecear. A bola, no entanto, bateu nas pernas de Benítez, encobriu o próprio Kerr e entrou mansamente.
Na volta para o segundo tempo, o Paraguai manteve o mesmo plano e voltou a levar perigo de fora da área aos seis minutos, em chute de Cáceres defendido por Kerr. Aos 14, foi a vez de Samudio tentar desta forma, após bela tabela com Bobadilla. O lateral faria um golaço, mas acertou o travessão.
A Jamaica se mostrou mais ousada do que no primeiro tempo e tentou em algumas rápidas escapadas, mas esbarrou lance após lance nas próprias limitações técnicas. A dificuldade do adversário relaxou o Paraguai, até de forma excessiva, uma vez que os próprios sul-americanos já não se lançavam tanto ao ataque e se mostravam extremamente confortáveis com o cenário.
De tanto chamar a Jamaica para o ataque, o Paraguai quase foi castigado aos 34 minutos, quando McCleary arriscou de longe e quase surpreendeu Antony Silva. Os últimos minutos foram de pressão dos jamaicanos, muito mais na base da força do que da técnica. E aos 46, Mattocks teve a chance, sozinho, na marca do pênalti, após cruzamento da direita, mas jogou por cima, longe, o melhor momento da equipe.


Fonte: Diário do Nordeste