Cinco dias após a exclusão, o Fortaleza conseguiu retornar ao Campeonato Cearense de 2015. Na tarde desta terça-feira (31), o Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol do Ceará (TJDF-CE) concedeu efeito suspensivo da decisão do julgamento da última quinta-feira (26) e assegurou a presença do Tricolor no restante do Estadual.
Na semana passada, a Primeira Comissão Disciplinar do Tribunal determinou, por três votos a dois, a exclusão e o rebaixamento do Leão para a Série B da competição em 2016, além de multa de R$ 50 mil. No dia seguinte à decisão, o departamento jurídico tricolor, encabeçado pelo presidente Jorge Mota, protocolou pedido de efeito suspensivo, junto com a Federação Cearense de Futebol (FCF), que ingressou no processo como terceiro interessado.
> Entenda o caso David Madrigal
Nesta terça, o presidente do Tribunal, Jamilson Veras, indeferiu o recurso voluntário com pedido de efeito suspensivo da FCF, mas concecedeu o efeito suspensivo pedido pelo Leão "visando não tolher a agremiação de dano irreparável", conforme a decisão. Ainda não há data marcada para o julgamento do caso no Pleno do TJDF.
O Fortaleza, portanto, poderá disputar os jogos da semifinal do Cearense, contra o Icasa. A partida de ida será no próximo domingo (5), às 16h, no estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte. Já o confronto de volta será no dia 19, no mesmo horário, no Castelão. O classificado enfrentará Ceará ou Guarani de Juazeiro na final.
Clima tenso
Após a decisão do Tribunal, torcedores se revoltaram e chegaram a divulgar dados e informações pessoais de membros do órgão em redes sociais. Além disso, o prédio da FCF, onde também funciona o TJDF, foi alvo de protesto na madrugada do último sábado (28), sendo pintado de azul e vermelho e com disparo de coquetel molotov.
Na última segunda (30), a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar os dois casos, que serão presididas pelo delegado titular do 34º DP, Romério Almeida.
Entenda o caso
O Leão foi julgado por recorrer à Justiça Comum antes de esgotar as esferas esportivas em 2002, de acordo com o Tribunal - a Procuradoria do TJDF reabriu o caso no dia 17 de março após ser oficiada pela FCF. Na ocasião, o clube alegou que o atacante costa-riquenho David Madrigal, do Ceará, estava atuando irregularmente, sem visto de trabalho, e recorreu ao TJD pedindo a perda de 17 pontos do Vovô. O Alvinegro conseguiu a vitória no Tribunal, e o Tricolor foi à 17ª Vara Cível da Justiça Comum.
Fonte: Diário do Nordeste