A praça da Igreja da Sé, no Centro da cidade, foi palco de mais um confronto entre as forças policiais e os ambulantes, no início da manhã deste sábado. O novo conflito ocorreu devido ao impasse envolvendo o espaço disponibilizado para a atividade dos vendedores, que acabam atuando de forma irregular ao ultrapassarem o limite estabelecido pela Prefeitura.
De acordo com informações dos agentes da Polícia Militar, que fizeram parte da operação, os feirantes apedrejaram duas viaturas da Guarda Municipal. Os feirantes, por outro lado, afirmam que a abordagem da Guarda Municipal e da Polícia Militar aconteceu de maneira violenta, tendo resultado, inclusive, em uma gestante atingida por bala de borracha no braço.
O espaço em questão é utilizado de forma irregular pelos feirantes como extensão da Feira José Avelino, que possui autorização da Prefeitura de Fortaleza para acontecer nas madrugadas entre as quartas e quintas-feira e os sábados e domingos. Entretanto, os únicos ambientes disponibilizados para que o comércio popular aconteça são a Rua José Avelino, a Travessa Icó, o Feirão do Viaduto e a Rua Governador Sampaio.
Operação
De acordo com o Secretário da Regional Centro, Ricardo Pereira Sales, a operação realizada pela Guarda Municipal e Polícia Militar na manhã de ontem estava prevista desde janeiro e permanecerá acontecendo, para coibir o comércio ambulante em locais não autorizados.
“Existe um Termo de Ajuste de Conduta assinado entre a Prefeitura e o Ministério Público para impedir que as ruas sejam ocupadas de forma ilegal e desordenada. Vamos continuar persistindo nessas operações para que os vendedores não voltem a ocupar essas áreas inapropriadas”, explica Ricardo Pereira Sales.
Ainda que a situação persista, Ricardo Sales considera que as ações da Prefeitura estão sendo efetivas no controle do espaço onde a feira deve ocorrer. “Estamos sempre lá, a partir das 13h, nos dias programados para que a feira aconteça e permanecemos até o fim. Nesses dias, está tudo controlado. O problema agora é que os feirantes estão tentando burlar a nossa fiscalização e tentando realizar a feira em dias alternativos, como a sexta-feira. A opção que temos é ocupar esses espaços também de sexta para sábado, mas é difícil, pois é necessário uma estrutura muito grande”.
Fonte: Diário do Nordeste