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sábado, 3 de maio de 2014

Ceará registra 1º óbito por dengue em 2014



Em boletim epidemiológico divulgado ontem, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), confirmou a primeira morte por dengue em 2014 no Ceará. O óbito foi registrado no dia 22 de abril, no município de Maracanaú, e é o único confirmado dentre 14 notificações de mortes por suspeitas da doença.

De acordo com o boletim, o Ceará apresenta atualmente 2.116 casos de dengue confirmados em 69 municípios, 232 a mais em relação ao que constava no informativo anterior, divulgado no último dia 25.

Tomando em consideração os casos de dengue com sinais de alarme, o número saltou de 17 confirmações em quatro municípios para 29, em nove cidades.

Em relação aos casos de dengue grave, o número aumentou de um para três, um deles representado pelo caso de óbito em Maracanaú. As outras duas confirmações foram feitas nos municípios de Pereiro e Juazeiro do Norte. Ambos os pacientes, entretanto, já foram curados.

O boletim atesta ainda que 35 municípios cearenses sofrem com infestação pelo Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. 69 municípios são apontados com casos de transmissão da dengue. A doença apresenta incidência de 105,22 casos para cada 100 mil habitantes do Estado do Ceará.

Os municípios com maior incidência de Dengue no Estado do Ceará foram Fortaleza, com 461 casos registrados, e Tauá, com 421 casos contabilizados.


Queda
Embora a primeira morte por dengue seja motivo de alerta contra a disseminação da doença no Estado, o número de óbitos caiu em 95% em relação a igual período entre janeiro e abril de 2013, quando o total de 21 mortes havia sido confirmadas. No Brasil, o número de mortes caiu 87% nos três primeiros meses deste ano, em comparação ao mesmo período de 2013. Entre janeiro e março de 2014, foram 47 óbitos no país, enquanto em 2013, 368 mortes foram notificadas nesses meses.

A Secretaria da Saúde do Ceará informa, por meio da assessoria de comunicação, que para o controle da dengue, prefeitos e secretários municipais de saúde devem garantir a continuidade das ações do controle focal do mosquito pelos agentes de endemias, realizar multirões de limpeza urbana e convocar a população a colaborar.

Classificação
Desde janeiro de 2014, por sugestão da Organização Mundial de Saúde (OMS), a dengue recebeu novas classificações, que especificam de forma mais adequada cada possível manifestação da doença.

A doença agora é classificada em dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave. Uma pessoa com duas ou mais manifestações como dor de cabeça, febre, náusea, vômitos, manchas avermelhadas na pele ou prova do laço positivas, é considerada como caso suspeito de dengue.

A dengue com sinais de alarme diz respeito ao paciente em que, no período de efervescência da febre, apresentar um ou mais dos seguintes sintomas: dor abdominal contínua, vômitos persistentes, acumulação de líquidos, sangramento de mucosas, dentre outros.

Já os casos de dengue grave são caracterizados por choque, sangramento grave ou comprometimento grave de órgãos como coração ou do sistema nervoso central.

Fonte: Diário do Nordeste