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terça-feira, 11 de junho de 2024

Assessor de deputado é acusado de criar perfil falso para atacar as pessoas em Quixadá

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O réu (a esquerda) é assessor do deputado Danilo Forte (a direita)

À medida que se aproxima de mais um período eleitoral, a disseminação de informações falsas, conhecidas popularmente como “fake news”, torna-se uma preocupação crescente. É essencial que os eleitores estejam bem informados e saibam diferenciar fatos de ficção para exercerem seu direito de voto de maneira consciente e responsável. Os órgãos da Justiça também precisam agir, pois “fake news” é crime e deve ser tratada como tal.

O Monólitos Post teve acesso a um processo que tramita na justiça da comarca de Quixadá sobre a criação de um perfil falso para disseminar “fake news” contra várias pessoas, principalmente políticos do município. O que é mais estarrecedor e impactante sobre tudo isso, é que, provavelmente, toda a estrutura esteja sendo bancada com dinheiro público, haja vista que o acusado é assessor parlamentar de um deputado federal.

Recorte de parte do processo que tramita na Justiça.

De acordo com a denúncia recebida pela justiça, o senhor Kayo Roberto Pereira da Silva é o responsável pela criação de um perfil no instagram que se utiliza do anonimato para produzir e compartilhar notícias e conteúdos com informações falsas, com o intuito de denegrir a imagem de várias pessoas consideradas opositores do parlamentar.

Conforme foi apurado pela justiça, o acusado Kayo Roberto, “trabalha” no gabinete do deputado federal Danilo Forte (União-CE). De acordo com o site da Câmara dos Deputados, para realizar o serviço de disseminar “fake news” o réu, até o momento, já recebeu R$ 48.223,44 (quarenta e oito mil, duzentos e vinte e três reais e quarenta e quatro centavos) dos cofres públicos.

A atitude do assessor vai contra o pensamento da Justiça, o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, por exemplo, tem constantemente levantado a bandeira de luta contra as notícias falsas, em seu perfil na rede social X, ele postou: “Reitero que fake news é crime, não é “piada” ou instrumento legítimo de luta política”. A frase demonstra a preocupação da Justiça com a disseminação de notícias inverídicas que podem manchar a imagem de pessoas ilibadas, e, em certos casos, estimular uma ação que afeta psicologicamente a pessoa que, de maneira criminosa, são atacadas por esses disseminadores de “fake news”.

Em Quixadá, por exemplo, o exagero e a disseminação de fake news fez com que a página Viva Quixadá fosse retirada do ar. Criado para atacar pessoas, a página recebeu a punição após diversas denúncias de notícias e conteúdo inverídico criados e propagados por seus responsáveis. Tendo em vista os fatos que mancham a Comunicação no município. É necessário que as autoridades da Justiça, bem como o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estejam vigilantes e coibam, caso necessário, o mais rápido possível esses tipos de perfis falsos. A disseminação de “fake news” é uma conduta que precisa ser punida, dentro da lei. O boa informação é baseado na ética, respeito e prestação de serviço de qualidade a sociedade.

Blogs, páginas no Instagram e sites que fazem o mau uso da Comunicação para denegrir a imagem de adversários políticos devem responder por seus atos. Vale lembrar que, tendo em vista o momento, as fake news são frequentemente criadas para gerar desinformação. Elas podem vir de várias fontes, incluindo sites de notícias falsas, plataformas de mídia social e até aplicativos de mensagens. A identificação da origem dessas notícias falsas é o primeiro passo para combatê-las.

Procurado por nossa reportagem, a assessoria de comunicação do deputado Danilo Forte informou que iria consultar o parlamentar sobre as denúncias e que retornaria para nossa redação, contudo até o fechamento dessa matéria não obtivemos retorno.