Nos últimos dias, o mercado internacional de petróleo registrou uma queda, situando-se em torno de US$ 70 o barril. Enquanto isso, os preços dos derivados nas refinarias da Petrobras permanecem estáveis no mercado interno há quase um mês. Esse cenário, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), resulta em uma janela de importação aberta.
A gasolina, em média, está 8% mais cara nas refinarias brasileiras em comparação com os preços internacionais, e o diesel, 4%.
Nesta sexta-feira, o barril do petróleo tipo Brent está sendo negociado a US$ 78,50, enquanto o óleo tipo WTI está cotado a US$ 73,81 o barril (correspondente a 158,98 litros).
Na Bahia, onde está situada a única refinaria privada relevante, a Refinaria de Mataripe, a disparidade de preço chega a 15% para a gasolina e o diesel é vendido 1% abaixo do mercado internacional.
Nas refinarias da Petrobras, a gasolina apresenta uma diferença de 6% em relação aos preços internacionais, enquanto o diesel, 5%. Para alcançar a paridade internacional, a estatal teria a possibilidade de reduzir o preço da gasolina em R$ 0,16 por litro e do diesel em R$ 0,19 por litro, conforme indicado pela Abicom.
Hoje, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a redução dos preços dos combustíveis pela Petrobras como uma medida para mitigar o impacto inflacionário no país. Essa ação poderia permitir ao Banco Central reduzir as taxas de juros, estimulando a economia. Silveira sugere uma diminuição de preços entre R$ 0,32 e R$ 0,42 para o diesel, e de R$ 0,10 a R$ 0,12 para a gasolina.
(Hora Brasília)