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terça-feira, 30 de maio de 2023

EUA poderá impor sanções ao Brasil após visita de Nicolás Maduro

 TERÇA-FEIRA, MAIO 30, 2023  5 COMENTÁRIOS

Sanções internacionais, ferramentas de pressão exercida por uma nação ou grupo de nações contra governos infratores de leis ou tratados internacionais, encontram-se no centro das atenções na política brasileira nesta segunda-feira (29). Com a recepção do líder venezuelano Nicolás Maduro pelo presidente Lula, o Brasil corre o risco de se ver alvo de represálias dos Estados Unidos por potencial violação das sanções impostas à Venezuela, segundo o especialista político e advogado Cléber Teixeira.

Parlamentares de direita acionaram a Embaixada dos EUA pedindo a captura de Maduro, destacando as acusações feitas em 2020 pelo então procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, que responsabilizou o líder venezuelano por envolvimento com terr0r1smo internacional e narcotráfico. Após essas acusações, o Departamento de Estado dos EUA ofereceu uma recompensa de US$ 15 milhões pela captura de Maduro e US$ 10 milhões pela prisão de Diosdado Cabello, ex-presidente do Parlamento venezuelano.

Em 2019, os EUA aplicaram sanções a mais de 150 empresas, embarcações e indivíduos ligados ao governo Maduro, além de revogar os vistos de 718 associados. As penalidades contra a Venezuela incluíam o congelamento de contas e ativos, a proibição de transações financeiras, confisco de bens, embargos de armas e restrições de viagens. Segundo o comissário da OEA para migrantes e refugiados venezuelanos, David Smolansky, as sanções foram direcionadas a Maduro e as “elites” do Chavismo, com os EUA impondo sanções adicionais aos setores de petróleo, ouro, mineração e bancário.

Lula está ignorando por completo toda a crise diplomática que a presença de Maduro no Brasil pode causar. Após criticar os EUA a respeito da situação entre Rússia e Ucrânia, Lula foi retratado como “parceiro estratégico” de Vladmir Putin pela imprensa norte-americana.

Agora, diante da recepção dada ao presidente Venezuelano e das falas proferidas em entrevista coletiva, a imagem do Brasil estará associada ao ditador Nicolas Maduro. Que Deus tenha piedade de nós.

(Hora Brasília)