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quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Ciro diz que evitou campanha no Ceará por sofrer "facada nas costas": "Está sangrando"

 

Foto: Divulgação/Record TV

O candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) voltou a dizer nesta terça-feira, 27, que foi traído por ex-aliados políticos no Ceará. Durante sabatina no Jornal da Record, da Record TV, o pedetista disse que evitou fazer campanha no Estado porque recebeu uma "facada nas costas", expressão já utilizada por ele em entrevista ao Flow Podcast na noite desta segunda-feira, 26. 

Questionado se o sentimento de traição estaria relacionado ao apoio dos irmãos Ivo e Cid Gomes ao candidato do PT ao Senado, o ex-governador Camilo Santana, Ciro respondeu: "Eu lhe peço humildemente para não comentar isso porque a facada ainda está doendo muito aqui". 

Em seguida, o jornalista Eduardo Ribeiro emendou outra pergunta: "Mas isso é uma cicatriz que vai ser trabalhada?", ao que o pedetista afirmou: "A ferida está aberta, está sangrando neste momento, dói para valer".

O entrevistador ainda lembrou que Ciro foi vitorioso no Ceará em suas três tentativas de chegar ao Palácio do Planalto (1998, 2002 e 2018) e perguntou qual a expectativa do candidato em relação à votação deste ano. "Dei minha vida inteira ao povo do Ceará e tive de volta honras e privilégios que hoje me permitem dizer: cearense, faça o que vocês quiserem de mim. O que vocês fizerem eu estou agradecido".

A quarta rodada da Pesquisa Ipespe Ceará com intenções de voto para presidente mostra Ciro na terceira posição, atrás do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista tem 52%, contra 24% do atual mandatário e 14% do candidato cearense. 

Perguntado sobre o cenário desfavorável, Ciro disse ter esperança de reverter o quadro nas urnas e voltou a fazer referências às "traições" que diz ter sofrido, mas sem mencionar nomes. "É o meu desejo [ser o mais votado no Ceará], mas, como lhe disse, estou nas mãos dos cearense e não fiz campanha lá por isso... está doendo", encerrou.  

O povo