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| Foto: Samuel Setubal/O POVO |
O candidato a governador Capitão Wagner (UB) reagiu a ação da candidatura de Elmano Freitas (PT) que o acusa de “fake news” na promessa de adotar um modelo norte-americano para a segurança pública do Estado. Alegando “desinformação”, a coligação "Ceará Cada Vez Mais Forte", ingressou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) pedindo que seja retirada do ar a propaganda em que o concorrente promete aplicar um "padrão FBI" no combate a criminalidade.
“Toda boa proposta causa nos adversários um temor de que a população, logicamente, veja isso com bons olhos. A proposta foi tão bem recebida pela população que ocasionou essa ação contrária e querendo impedir que a gente possa continuar veiculando essa matéria”, disse o político. Cumprindo agenda de campanha, ele deu as declarações enquanto participava de sabatina durante a manhã desta segunda-feira, 29, no Ceará News.
Durante a entrevista, Wagner cita que o senador Tasso Jereissati (PSDB) fez uma ação parecida quando foi governador do Ceará na década de 90. “Ele consultou justamente o governo americano e trouxe para cá um especialista em segurança pública que implementou em Nova York um programa chamado ‘Tolerância Zero’. (....) Se o Tasso, lá atrás, em 1992, pode buscar essa parceria com o Estados Unidos - através de uma consultoria com um profissional da polícia americana - porque o Capitão Wagner, agora no século 21, não pode adotar a mesma medida?”, questiona.
A propaganda em que o candidato promete trazer o “Padrão FBI” para o Estado foi veiculada durante e horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, que começou na última sexta-feira, 26. Ele diz que contará com apoio do ex-agente do FBI, George Piro, que também aparece na gravação dando testemunho a favor do político. "Se você escolher Wagner como seu governador, em 1º de janeiro de 2023 eu estarei lá para mudar o Ceará", afirma.
Na petição, a coligação de Elmano alega que o concorrente tenta se beneficiar indevidamente da "notoriedade e competência" do FBI, "induzindo o eleitorado ao erro e propagando fatos inverídicos". A ação ressalta ainda que o ex-agente não possui vínculo ativo com o FBI, instituição em que atuou até julho de 2022. A defesa acrescenta que George, na atualidade, é dono de uma empresa de consultoria na área de segurança, com sede em Miami, na Flórida.
"A promessa de contratação de George Piro no eventual futuro mandato do Capitão Wagner ocasionaria a prestação dos seus serviços de consultoria na área da segurança pública, e não a ideia de implantar as técnicas próprias do FBI no Ceará", diz trecho do documento.
O POVO