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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Acusado de matar três PMs e de fazer outros reféns em Quixadá é condenado a 123 anos de prisão

 

O 3º Tribunal do Júri de Fortaleza decidiu punir com 123 anos de prisão um homem acusado de integrar organização criminosa e de matar três policiais militares, além de ferir e de fazer outros PMs reféns, em um confronto violento registrado no Município de Quixadá, no Sertão Central do Ceará, em 2016.

A sentença proferida contra José Massiano Ribeiro, de 39 anos, na última sexta-feira (17), reuniu diversos crimes que ele cometeu no dia 30 de junho daquele ano. Confira:

3 homicídios contra policiais militares;
4 tentativas de homicídios contra PMs;
2 sequestros de policiais militares;
3 roubos, sendo um de um micro-ônibus e dois contra pessoas;
3 adulterações de sinal identificador de veículo automotor;
e organização criminosa.

Para chegar à pena de 123 anos e 4 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, a juíza Daniela Lima da Rocha considerou a culpabilidade do réu, entre outros fatores.

Na espécie, ainda que se trate de dolo eventual, a complexidade da ação criminosa cujo resultado o réu assentiu, demandou premeditação e preparação, com armas de grosso calibre, uso de equipamento que funcionava como blindagem na parte traseira de um dos veículos inicialmente utilizados pelo grupo criminoso, tudo para enfrentamento em eventual confronto armado com a polícia, o que houve, no caso, contra três composições da Polícia Militar."
DANIELA LIMA DA ROCHA
Juíza de Direito

A magistrada concluiu que "as consequências dos crimes são gravíssimas, não somente pelo resultado morte de pessoas jovens, mas também porque os desdobramentos dos delitos alcançaram de modo indelével toda a sociedade quixadaense e, em especial, a instituição da Polícia Militar do Estado do Ceará".

A sentença traz ainda que o tempo que José Massiano ficou preso provisoriamente, desde maio de 2019, não é suficiente para modificar o regime inicial de cumprimento de pena, que deve ser o fechado. A defesa do réu não foi localizada pela reportagem para comentar a decisão.

(Diário do Nordeste)