Antonio Palocci Filho, ex-ministro nos governos Lula e Dilma (PT), recebeu cinco parcelas de R$ 600 do auxílio emergencial, entre os meses de julho e novembro de 2020, conforme consta no Portal da Transparência. O político alega ter sido “alvo de fraude por um terceiro que se apropriou de seus dados” e disse que os valores foram devolvidos à União.
O Portal da Transparência aponta que Palocci foi classificado como “extracad”, ou seja, seu nome não consta no Cadastro Único (CadÚnico), sistema do governo federal para famílias de baixa renda, beneficiárias de programas sociais. O auxílio, portanto, foi solicitado por meio do aplicativo da Caixa.
Palocci diz ter tomado conhecimento do fato por meio da imprensa e registrou boletim de ocorrência na tarde desta quarta-feira (1°), junto à Polícia Civil de São Paulo (PCSP).
– Ele jamais recebeu auxílio emergencial e, tão logo soube da fraude, registrou a ocorrência perante a autoridade policial – afirmou Tracy Reinaldet, advogado do ex-ministro, ao portal Metrópoles.
A prorrogação do benefício foi negado, pois o governo identificou que os rendimentos tributáveis de Palocci superaram os R$ 28.559,70, em 2019, além de incluir propriedades e direitos que somam mais de R$ 300 mil.
O ex-ministro, contudo, possui dívidas acumuladas e segue com os bens bloqueados judicialmente, após condenação por corrupção e lavagem de dinheiro, em 2017. O advogado de Palocci afirma, porém, que “obviamente, em hipótese alguma, isso o faria pleitear o auxílio emergencial”.
CONFIRA A NOTA DA DEFESA DE PALOCCI:
Na data de hoje, chegou ao conhecimento da defesa que o canal do Ministério da Cidadania para a consulta ao auxílio emergencial acusa o recebimento do benefício por Antônio Palocci Filho em 2020. Como milhares de outros brasileiros, Palocci foi vítima de uma fraude por um terceiro que se apropriou de seus dados. Ele jamais recebeu auxílio emergencial e, tão logo soube da fraude, registrou a ocorrência perante a autoridade policial.