Atualizada às 11h27
Conforme o delegado Antônio Clidemir da Silva Amora, foram encontradas diversas irregularidades, desde montagem de licitação, prorrogação injustificada de serviços, além de pagamentos com recursos acima do limite lega. As empresas não prestavam serviços e havia também a contratação de outras empresas fantasmas. A Justiça então aceitou o pedido de quebra de sigilo bancário de sete empresas que estariam envolvidas com as fraudes, o que permitiu verificar o repasse de verbas para conta de servidores públicos. "Eram empresas de educação, construção, contabilidade e turismo, utilizadas para maquiar licitações e prestação de serviços em Russas.
"A polícia federal solicitou expedição de mandarem de prisão temporário, porém no momento da investigação, o poder judiciário entendeu e concedeu por uma medida menos gravosa com a expedição d manada busca apreensão somente", afirmou o delegado.
De acordo com as investigações, que começaram ainda em 2017, há indícios de participação de empresários, políticos, servidores públicos e "laranjas" e até integrantes de organização criminosa com atuação nacional. Os mandados estão sendo cumpridos em Fortaleza, Cascavel, Icapuí, Russas e Limoeiro do Norte, além de Caçapava do Sul/RS e Brasília/DF. De acordo com a PF, as investigações começaram com outra operação, a "Hora do Lanche”, que em 2015. Com o aprofundamento das análises, a PF levantou indícios de que empresas de fachada ligadas a um empresário do Município de Russas eram utilizadas para fraudar licitações.
O termo Matrioska é alusão às bonecas russas e remete à complexidade da teia criminosa investigada.
Com informações da repórter Angélica Feitosa