O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) voltou a criticar o ex-presidente Lula (PT), em entrevista ao apresentador Pedro Bial, no programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, na madrugada desta terça-feira (10). O pedetista apontou erros cometidos por Lula durante o tempo em que o petista esteve no Palácio do Planalto e ainda criticou a postura do ex-presidente que, segundo ele, pratica o “lulocentrismo”.
“Eu venho de longa data, o Lula também. O Lula comete equívocos estratégicos que tem uma explicação: o lulocentrismo. O egolatrismo absolutamente sem contraste e agora piorado porque os grandes amigos que ele tinha que diziam ‘menos, Lula’ morreram todos. Ele está cercado de bajuladores de quinto nível. O ego do Lula agora não tem reparo, não tem contradição, despirocou geral. Não mudou nem uma ideia sobre nada. E agora tá piorado, porque ele considera, vamos dizer, que o crime compensa”, afirmou.
Para Ciro Gomes, os pontos negativos na gestão do ex-presidente Lula foram mais significativos do que os pontos positivos. “Chega! O mal que o Lula já fez ao Brasil é muito maior que o bem que ele fez em algum momento”, disse.
Críticas a Bolsonaro
Além do ex-presidente Lula, o ex-ministro também criticou o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Ciro disse ter cometido um erro ao acreditar que núcleos do governo, como o militar, tinham representantes possíveis de dialogar. Além disso, o pedetista ainda acusou o chefe do Executivo de roubo. “Eu conheço o Bolsonaro e sei que o Bolsonaro é um grande canalha desde sempre. Eu fui contemporâneo dele deputado. O Bolsonaro roubava dinheiro da gasolina do gabinete, roubava dinheiro de funcionários fantasmas, roubava dinheiro do auxílio moradia. E o Bolsonaro sempre foi um cara ligado à tortura, ás milícias. Eu em 93, governador do Ceará, pedi a cassação e a prisão do deputado Bolsonaro porque ele tinha feito uma dessas maluquices”, disparou.
Buscando ser a terceira opção para o Planalto, Ciro Gomes tem adotado uma postura de críticas constantes ao ex-presidente Lula e ao atual presidente Jair Bolsonaro, que são, atualmente, os candidatos com maior porcentagem nas pesquisas eleitorais para 2022.
(CN7)