Uma nova ofensiva contra o crime organizado foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (30), na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) pelo Ministério Público Estadual e Polícia Judiciária. Policiais civis deram cumprimento a mandados de prisão preventiva e de temporária, além de busca e apreensão contra vários suspeitos de envolvimento em crimes diversos como homicídio, tráfico de entorpecentes e até violência doméstica.
A ação policial de hoje foi batizada pelas autoridades do Ministério Público Estadual e da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) como “Operação Crotalus”, que tem o objetivo de realizar a desarticulação de um grupo criminoso que vinha atuando na cidade de Cascavel, na RMF, onde neste ano foram perpetrados diversos assassinatos por facções.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), as investigações sobre o grupo criminoso revelaram que o bando era liderado por um policial militar e a quadrilha armazenava e realizava as negociações para a venda de drogas.
Entre os membros do grupo criminoso estão também sendo alvos da operação cinco traficantes suspeitos de ordenar crimes de morte.
Os mandados de prisão foram expedidos pela Vara de Delitos das Organizações Criminosas e estão sendo cumpridos por policiais civis sob o comando do Departamento Técnico Operacional (DTO). A Polícia Militar também disponibilizou equipes para dar apoio na operação.
Até o momento, 32 mandados judiciais foram cumpridos durante as diligências.
Investigação
A investigação teve início em maio de 2019, após a descoberta de uma organização criminosa liderada por um policial militar, atuante no Município de Cascavel. Constatou-se que o referido grupo incorreu na prática de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Descobriu-se que o líder da organização criminosa possuía uma influência muito grande no meio dos traficantes que atuam no Município de Cascavel, sendo o principal fornecedor de drogas naquela localidade. A partir deste alvo, foi possível identificar os outros membros do grupo, visto que ele era o responsável por delegar funções e exarar ordens aos demais.
O grupo era integrado, em sua maioria, por civis, que se organizavam de forma estruturada para comercializarem entorpecentes. Cada membro ocupava uma função, que ia desde a guarda da droga até a negociação e revenda a pequenos traficantes locais. Também, havia alvos responsáveis pelo recolhimento do valor apurado com a venda dos entorpecentes. Os Policiais Militares davam suporte a esta organização criminosa.
(Blog Fernando Ribeiro)