Alvos do inquérito das fake news acusam Moraes de ter mentido sobre o acesso dos advogados aos autos.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o acesso de advogados ao controverso inquérito das fake news.
Em decisões proferidas nos dias 29 de maio e 1º de junho, Moraes determinou que os advogados deverão manter o sigilo dos documentos que receberem:
“Em razão do caráter sigiloso destes autos, a vista deverá ser previamente agendada junto ao gabinete e será realizada através do fornecimento de cópia digitalizada, com aposição de marca d’água identificando o destinatário, que deverá manter o sigilo.”
Na redes sociais, muitos alvos do inquérito acusam Moraes de ter publicado uma fake news sobre o acesso, pois na última segunda-feira (1), em mensagem no Twitter, o magistrado havia declarado:
“O gabinete do Min. Alexandre de Moraes informa que, diferentemente do que alegado falsamente, foi autorizado integral conhecimento dos autos aos investigados no inquérito que apura ‘fake news’, ofensa e ameaças a integrantes do STF,ao Estado de Direito e a Democracia.”
Através da mesma rede social, o site governista Brasil Sem Medo diz que Moraes, no final do inquérito, “deve prender a si mesmo”:
“Dizer que advogados tiveram acesso ao inquérito é fake news. Alexandre de Moraes conseguiu algo inédito no direito: é a vítima, o investigador, o denunciante, o juiz e agora também o réu do seu inquérito ilegal. No final, deve prender a si mesmo.”
O diretor de opinião do site, Bernardo Kuster, é um dos alvos do inquérito da fake news. Em vídeo compartilhado nas redes sociais, ele acusa Moraes de mentira e pede impulsionamento de hashtag.
(Renovamídia)