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terça-feira, 9 de junho de 2020

Erro em hospital de Fortaleza faz corpo trocado ser enterrado no cemitério de Santa Quitéria

Duas famílias de Caucaia e Santa Quitéria enfrentaram um tremendo desconforto neste domingo (07), no momento de sepultar seus parentes. O processo doloroso, em meio a pandemia, em que sequer se pode prestar uma despedida digna, têm dificultado o reconhecimento de corpos. O Hospital Fernandes Távora, da capital Fortaleza, trocou dois corpos, sendo um de uma idosa vítima da Covid-19 e que por erro, acabou sendo sepultado no cemitério de Santa Quitéria. E somente depois do enterro, é que a falha foi descoberta. 
Maria Mirian Farias, 71, passou 22 dias internada e veio a óbito no sábado (06). No atestado de óbito, consta choque séptico, pneumonia e Covid-19, além de um acidente vascular cerebral que complicou seu quadro de saúde. O filho dela, Ermeson Farias, chegou a ir à unidade naquele dia, porém, só veio ver o corpo da mãe no dia seguinte.

"O cemitério fica em Caucaia. Por conta do horário, achamos melhor e mais prudente fazer o sepultamento hoje, às 9h30. Marcamos com a funerária 8h, chegamos aqui 7h40 e simplesmente o corpo da minha mãe havia sumido”
O corpo de Mirian foi trocado com o de outra senhora, identificada apenas como Maria do Carmo, por ter traços semelhantes e então, foi trazido para o cemitério quiteriense, onde foi sepultado pela manhã. Ainda segundo a família, o rapaz que fez o reconhecimento do corpo estava alcoolizado e não sabia ler. A responsabilidade foi da coordenadora de zeladoria da unidade.

Familiares de Maria do Carmo estiveram também pela manhã no Hospital, onde reconheceram que a pessoa confundida ainda no hospital era a parente. Em Santa Quitéria, houve a exumação e o reconhecimento feito por Emerson, enquanto o Hospital disponibilizou o translado para levar o corpo de Maria do Carmo. O sepultamento de Mirian ocorreu ainda ontem em Caucaia.

A família de Maria do Carmo preferiu não se manifestar. A unidade hospitalar também não se pronunciou sobre o assunto.
 
(Via A Voz de Sta. Quitéria)