
Os inspetores Fernando Jefferson Sales Pinheiro, conhecido como “Jefferson Pitbull”; e Herlon Martins Marques; além dos PMs Halley Handroskowy Magalhães Martins e Francisco Amaury da Silva Araújo, foram presos numa operação da Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD), em conjunto com o DHPP.
Os quatro agentes da Segurança Pública são acusados de terem assassinado um homem no bairro Jangurussu, no último dia 9. A vítima foi identificada como Álisson Xavier de Lima, 22 anos, sumariamente executado com mais de 10 tiros de pistolas de calibre Ponto 40 (.40). O crime aconteceu na Rua do Coqueiro, em frente a uma mercearia. Na ocasião, os quatro policiais estavam a bordo de um carro de aplicativo alugado para o cometimento do crime sem que o motorista soubesse da trama dos acusados.
E foi uma importante testemunha que, ao depor no DHPP por duas vezes, revelou como tudo aconteceu, com detalhes. A mesma testemunha fez o reconhecimento fotográfico dos quatro policiais.
O inspetor Herlon Martins teria comandado o crime, e foi ele quem contratou o motorista do aplicativo para irem ao encontro da vítima, contudo, na hora do assassinato ele permaneceu no carro, ao lado do guiador, enquanto os comparsas descarregavam suas armas contra a vítima. Também na hora do assassinato, um dos policiais perdeu o carregador da pistola, mas logo o encontrou, o que retardou a fuga por alguns minutos.
A investigação ocorreu em sigilo no DHPP. Além da testemunha principal do crime, a companheira da vítima e dois menores apreendidos confirmaram a participação dos policiais no crime. No despacho de prisão, o juiz assinalou que: “Em verdade, sem a prisão dos representados, ao que consta nos autos, policiais e possivelmente integrantes de uma facção criminosa, é impossível que se leve a bom termo as investigações com os esclarecimentos do fato”.
E completou: “É do conhecimento comum a crescente onda de violência que sobre todos se abate, notadamente, com o fortalecimento das conhecidas facções criminosas, o que, com intimidações de toda ordem, afastam e dificultam investigações de tão tormentosos crimes”.
Os quatro policiais estão presos em locais diferentes. Os PMs no Presídio Militar. Os dois inspetores, na Polícia Civil.
(Blog do Jornalista Fernando Ribeiro)