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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Polícia Civil prende oito pessoas em operação contra furto milionário de remédios do Estado

Segundo O POVO apurou, ação ocorre após furto em R$ 2 milhões ser registrado em outubro no estoque da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica.
Polícia Civil do Ceará deflagra na manhã desta sexta-feira, 31, operação "Furta Vitae", que busca desarticular quadrilha que furtava medicamentos da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (Coasf) da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Segundo O POVO apurou, ação ocorre após furto milionário no estoque do órgão ser registrado em outubro.

Segundo a Polícia Civil, são cumpridos oito mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão, entre Fortaleza, Caucaia e Eusébio, por suspeita de furtos de medicamentos "de alto custo" da Coasf. Cerca de 90 policiais civis em 20 viaturas participam da ação, investigada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Decor). Mais informações serão noticiadas ao longo do dia.

Segundo O POVO apurou, o "sumiço" dos medicamentos foi identificado em checagem de rotina da Sesa feita nas últimas semanas. Logo após a constatação, a própria secretaria registrou Boletim de Ocorrência e pediu investigação do caso. Nem a pasta nem a Polícia Civil especificam ainda valores do furto, mas fonte ouvida pela reportagem afirma que o desaparecimento foi na ordem de R$ 2 milhões em remédios do estoque.

Ainda segundo a fonte, o furto ocorreu durante a madrugada e não foi registrado pelas câmeras de segurança da Coasf. Ocorrências do tipo têm sido comuns no órgão, que registra episódios semelhantes pelo menos desde 2008. Em 2018, pelo menos dois furtos teriam sido confirmados, um deles envolvendo quase 1 milhão de remédios para câncer.

Furto foi detectado em checagem de rotina

Em nota, a Sesa confirma que detectou a falta de medicamentos durante uma "checagem de rotina" do estoque. "De imediato, registrou Boletim de Ocorrência, dando total apoio às investigações". A pasta reforçou ainda “interesse” pela investigação do caso e "compromisso com a transparência e legalidade para garantir o atendimento e a assistência à saúde”.

Outros questionamentos, sobre o valor subtraído no caso, bem como do histórico de outros episódios, não foram respondidos pela Sesa. A reportagem encaminhou as mesmas perguntas à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS). Como o caso ainda está sob investigação sigilosa e a operação ainda recente, não houve mais detalhes até o momento.

A operação foi deflagrada pelo Departamento de Recuperação de Ativos (DRA) da Polícia Civil do Ceará, com coordenação do Departamento Técnico Operacional (DTO).

Fonte: O Povo