A Justiça converteu em preventiva a prisão temporária dos dois gerentes bancários que haviam sido capturados, na semana passada, acusados de praticar um golpe milionário simulando terem sido sequestrados com familiares por uma quadrilha de ladrões de bancos. O golpe rendeu cerca de R$ 59,9 milhões.
O pedido de decretação das preventivas foi encaminhado ao Juiz pelo promotor de Justiça, Jairo Pequeno Neto, que alegou a periculosidade dos acusados, mesmo estes sendo primários. A forma como os gerentes haviam aplicado o golpe, simulando o próprio sequestro, demonstra a necessidade de mantê-los presos para impedir que voltem a delinquir.
Pedro Eugênio Leite Araújo e Celso Luiz Grillo de Lucca eram gerentes das agências do Banco do Brasil das cidades de General Sampaio (a 126Km de Fortaleza) e Tejuçuoca (a 144Km da Capital) onde acabaram realizando o golpe milionário.
Na investigação da Polícia há a suspeita de que o dinheiro teria sido endereçado à conta de “laranjas” e sua destinação final seriam os cofres de uma organização criminosa cuja base está no estado de São Paulo.
Esquema criminoso
“Ressalto que, a tese do sequestro levantada pelos gerentes de banco não restou provada, apresentando-se incoerente com as provas dos fatos ocorridos até a presente data. AS imagens das câmeras divulgadas pela Imprensa , embora ainda não juntadas aos autos, demonstram a relação fraterna entre supostos sequestrados e sequestradores”, explicou o juiz de Direito, Caio Lima Barroso, titular da Vara Única da Comarca de Pentecoste.
A descoberta da trama dos dois gerentes bancários aconteceu com a prisão de outro envolvido no crime, Jeferson Alves Ferreira. Em seu depoimento na Polícia, ele informou que os gerentes faziam parte do esquema criminoso.
Jéferson disse também que chegou ao Ceará no dia 20 de agosto ultimo, e que no dia seguinte conheceu Pedro Eugênio, que, posteriormente, o apresentou a Celso Luiz. Os três, então, planejaram os falsos sequestros.
(Blog do Fernando Ribeiro)