Brasília. O Ministério Público Federal em Brasília (MPF-DF) pediu que os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, ambos do MDB, sejam condenados, respectivamente, a 386 anos e 78 anos de prisão.
O MPF apresentou à 10ª Vara Federal de Brasília, ontem, as alegações finais na ação penal derivada da Operação Sépsis, que investiga desvios no Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
O MPF pediu ainda que Cunha, acusado de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e prevaricação, pague multa de R$ 13,7 milhões; e que Alves, denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pague R$ 3,2 milhões. Os procuradores afirmam que os dois são "criminosos em série", com "personalidades voltadas para o crime", que fizeram "da política e da vida pública um caminho para a vida delituosa. A República, em grande extensão, foi vítima dos delitos praticados pelos mencionados acusados, sofrendo um prejuízo moral incalculável. A reprovabilidade de suas condutas, portanto, é absoluta, máxima", diz o texto.
Agora, as defesas dos acusados também irão apresentar suas alegações finais e, depois disso, o juiz Vallisney de Souza Oliveira irá tomar uma decisão.
Em novembro, Cunha e Alves prestaram depoimento na ação e negaram as acusações.
Expulsão
A Juventude do MDB deve pedir a expulsão de Cunha e do ex-prefeito do Rio Sérgio Cabral do partido. O pedido se baseia no fato de que ambos já foram condenados pela justiça. Existem dois pedidos de diretórios estaduais, que serão analisados até março deste ano.
Red; DN