Trabalhos foram suspensos no início da tarde e após os retorno deve começar a fase final de análise de parecer
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) encerrou na tarde desta quarta-feira, 18, a fase de debates da apreciação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Os trabalhos foram suspensos, mas já foram retomados. No retorno, o colegiado entra na reta final da análise do parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG).
Um dos últimos a discursar na comissão, o novo líder do PSB, Júlio Delgado (MG), pediu para exibir trechos dos vídeos da delação premiada do doleiro Lúcio Funaro. O presidente da comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), permitiu que o vídeo fosse mostrado no tempo de discurso de Delgado. O deputado escolheu mostrar trechos da delação em que Funaro fala do empenho de Temer para eleger Gabriel Chalita prefeito de São Paulo em 2012, do dinheiro enviado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) era visto como "banco dos políticos". "O cidadão pede para tomarmos providência e investigarmos o presidente", apelou o deputado.
Em dois dias de debates foram 71 inscritos, 15 falaram a favor do governo e 56 defenderam a admissibilidade da denúncia. Até o momento, seis votos em separado foram apresentados recomendando o prosseguimento da investigação. O último a registrar o voto por escrito foi o deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA).
O relator Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) terá 20 minutos de réplica para defender a tese do arquivamento da denúncia. O mesmo tempo será concedido aos advogados Eduardo Carnelós, Daniel Gerber e Antonio Pitombo, defensores de Temer e dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), respectivamente.
Na fase final da apreciação da denúncia, será concedido tempo de encaminhamento de voto para dois parlamentares favoráveis ao parecer e dois contrários. Os partidos também poderão fazer a orientação de voto da bancada.
Os membros da CCJ terão de votar a favor ou contra o parecer de Bonifácio, que pede a rejeição do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A votação eletrônica será aberta, ou seja, ao final o resultado sairá no painel.
Red; DN