O ex-governado é acusado de receber R$ 20 milhões em propina da empresa de Joesley e Wesley Batista
O ex-governador Cid Gomes e o pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes
07/09/2017 query_builder 11:17
Com a reviravolta dos grampos de Joesley Batista, muitos acreditavam que as delações da JBS seriam anuladas. Entre essas pessoas está Cid Gomes, acusado de receber R$ 20 milhões em propina da empresa. Para a tristeza de Cid e tantos outros, ao menos seis dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) são contrários à anulação de todas as provas e indícios apresentados pelos executivos da companhia.
Segundo O Globo desta quinta (7), o ministro do STF Luiz Fux defendeu a manutenção de parte das provas. “Acho que as provas que subsistem autonomamente podem ser aproveitadas. A prova testemunhal dele não pode valer, mas os documentos que subsistem por si sós, eles têm de ter vida própria”.
O ministro Celso de Mello, o mais antigo do Supremo, defendeu o uso das provas obtidas até mesmo contra os próprios delatores, dependendo do rumo da apuração. “Se, a partir do depoimento do agente colaborador, sobrevier a corroboração daquelas provas a partir de uma fonte autônoma e independente de prova, então, até mesmo contra ele próprio poderá haver essa utilização”.
Entenda
O então governador do Ceará, Cid Gomes, recebeu R$ 24,5 milhões em propina da JBS, em 2010 e 2014. A revelação veio a público após delação de um dos donos da empresa, Wesley Batista, na Lava Jato.
Em 2010 Cid recebeu R$ 4,5 milhões. Em 2014, R$ 20 milhões. Esse dinheiro foi repassado por meio de doações oficiais declaradas à Justiça Eleitoral, e outra parte usando notas frias. A JBS aceitou pagar propina para poder receber créditos ficais atrasados que o Governo do Ceará não vinha pagando. Esse valor devido à empresa chegou a R$ 110 milhões em 2014.
Blog Erivando Lima / Ceara News