O PSDB e DEM fazem parte da base que sustenta Michel Temer no Palácio do Planalto. Mas os dois partidos são contra manobras para adiar o julgamento de cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcado para o dia 6 de junho.
Segundo O Globo, as siglas desejam “uma solução rápida para a crise política em que mergulhou o país desde que foi divulgada a delação da JBS, que tornou Temer alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF)”.
Ao jornal, o presidente do DEM, José Agripino, disse que a protelação no TSE não interessa nem ao Governo, nem ao país. “Ambos precisam de uma definição sobre a crise que estamos vivendo”.
O O relator da reforma trabalhista no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), também ao O Globo, falou que, pesar de qualquer movimentação do governo para prolongar um desfecho, a data limite para o partido é 6 de junho.
“Temer vai trabalhar para encontrar uma estratégia jurídica para não deixar o TSE votar dia 6. Mas já há um pacto dentro do PSDB na direção de uma data limite, que é o julgamento do TSE, para ter uma construção do que será o amanhã, o dia seguinte. Se até lá isso for construído e o TSE resolver, bem. Se não, vai ficar absolutamente irreversível a saída do PSDB. A pactuação está feita”, destacou Ferraço.