Familiares e pessoas conhecidas do representante comercial Francisco Francileudo da Silva, de 46 anos, afirmaram que ele voltava de uma seresta no município de Jaguaruana, quando se deparou com o tiroteio entre policiais e a quadrilha envolvida no ataque a agências da cidade.
Uma familiar que pediu para não ser identificada informou que Francileudo vendia mercadorias para os municípios de Jaguaruana, Russas, Itaiçaba e Palhano. "Ele trabalhava há 23 anos para a mesma empresa e nunca se envolveu em uma confusão. A cidade inteira chora a partida", lamenta.
Conforme a familiar, Francileudo frequentava uma seresta dia de sexta, na madrugada, quando voltava do evento, ele se deparou com o tiroteio. "Com medo ele correu e se escondeu atrás de uma lata de lixo e uma árvore e acabou sendo alvejado com um tiro na cabeça. Foi esse tiro que tirou a sua vida, ninguém esperava. Todo mundo chocado", ressalta.
A fonte diz que Francileudo utilizava a casa dele apenas para dormir, mas que fazia as refeições e passava a maior parte do tempo na casa dos pais. No dia do tiroteio ele voltou mais cedo da seresta, pois ia viajar para Russas a trabalho. "Como ele trabalhava com vendas e viajava de moto, nós poderíamos esperar assalto, acidente, mas isso não", comenta.
Comentários
O radialista e presidente da Câmara Municipal de Jaguaruana, Inaldo Lima, comentou nas redes sociais que Francileudo "teve a infelicidade de se deparar com um intenso tiroteio", que aconteceu na Avenida Simão de Góis.
O radialista afirma que Francileudo nunca teve contato com o grupo de criminosos que atacou as agências bancárias. "O mínimo que a sociedade deve oferecer neste momento de dor e revolta é o direito (se é que nós podemos chamar isso de direito) do Francileudo ser sepultado como uma pessoa digna e bondosa. Força para família e os amigos e que Deus e Senhora Santana nos livre de todo mal", divulgou.
Polícia
Uma fonte que esteve na operação e foi ouvida pelo O POVO afirmou que todos os mortos no confronto com a Polícia tinham envolvimento com a ação criminosa. No entanto, ele não descarta que os próprios integrantes da quadrilha do ataque a banco tenham executado um inocente. Nas ações contra instituições bancárias é comum que os assaltantes utilizem moradores como reféns.
Fonte O Povo.com