O céu desta segunda-feira estará diferente. A Lua chegará à fase cheia e a sua órbita em torno da Terra alcançará o ponto mais próximo do Planeta, atingindo o perigeu. A ocorrência dos dois movimentos de forma paralela resulta na chamada superlua. No fenômeno de hoje, a distância entre o satélite natural e a Terra será de 356 mil km, segundo o Observatório Nacional. Esta proporção média normalmente é de 384 mil km. Especialistas em Fortaleza garantem que a superlua não será percebida facilmente a olho nu. Mas, estimulam observadores a acompanharem as modificações da iluminação do céu nesta noite.
Pelos cálculos astronômicos, todos os anos a superlua ocorre cerca de seis vezes. No entanto, segundo o Observatório Nacional - vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC) -, que atua nas áreas da Astronomia, Geofísica e Metrologia em Tempo e Frequência, hoje, o movimento é diferenciado, pois, entre 2000 e 2030, esta será a menor distância entre Lua e Terra.
Difícil visualização
Porém, um dos entraves para que o fenômeno seja observado em sua plenitude é a hora em que a Lua alcançará o perigeu. Pelo horário de Brasília, o satélite natural estará a 356 mil km de distância da Terra às 9h21. Já às 11h52 ocorrerá a Lua Cheia. Portanto, o ápice da superlua ocorrerá em pleno o dia no Brasil. À noite será possível constatar a iluminação diferente, mas dificilmente, sem o uso de aparelhos como telescópio, o fenômeno será percebido com facilidade.
O professor de Física e integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Astronomia e Cosmologia (Gepac) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Dennis Weaver, explica que a ocorrência da superlua não é um fenômeno raro e destaca "é perfeitamente natural". O diferencial, de fato, segundo ele, é a proximidade com a Terra, que varia a cada episódio do tipo.
"O movimento da Lua ao redor da Terra é complicado. Existem as influências do Sol nele. A órbita da Lua é levemente alongada e, ao longo dos séculos, se alonga um pouco mais, apresentando pequenas variações. Isso tudo influencia para a trajetória e a distância da Lua", garante.
Dennis reitera que dificilmente será possível observar o fenômeno a olho nu. "O que se sabe é que a Lua fica um pouco maior e um pouco mais brilhante", reforça. Até para os observadores que usam equipamentos na tentativa de visualizar tais fenômenos a condição será complicada nesta segunda-feira. Isto porque, em sua fase cheia, fica muito brilhante e reduz os pontos de contraste no céu, "apagando" as constelações. "É tão brilhante que incomoda. Dia de lua cheia é de folga para astrônomos", brinca.
Uma das dicas para quem quer observar a superlua é fotografar o satélite natural nesta noite, em uma determinada posição, e repetir a ação daqui a um mês, orienta. "Depois, o observador pode compara as imagens e percebe a diferença. Se não quiser fazer isso, basta olhar para o céu e aproveitar a iluminação diferente. Se permitir observar já é encantador", defende.
Informações
Dennis informa que o fenômeno pode ocorrer todos os anos e algumas instituições - como a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa); e, no Brasil, o Observatório Nacional - costumam informar o dia e a hora que a distância entre a Lua e a Terra pode se encurtar. Segundo o Observatório Nacional, em dezembro o fenômeno ocorrerá novamente. O perigeu será no dia 12, às 21h28 (hora de Brasília). A fase cheia será no dia 13 de dezembro às 22h06 (hora de Brasília).
Diário do Nordeste
Pelos cálculos astronômicos, todos os anos a superlua ocorre cerca de seis vezes. No entanto, segundo o Observatório Nacional - vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC) -, que atua nas áreas da Astronomia, Geofísica e Metrologia em Tempo e Frequência, hoje, o movimento é diferenciado, pois, entre 2000 e 2030, esta será a menor distância entre Lua e Terra.
Difícil visualização
Porém, um dos entraves para que o fenômeno seja observado em sua plenitude é a hora em que a Lua alcançará o perigeu. Pelo horário de Brasília, o satélite natural estará a 356 mil km de distância da Terra às 9h21. Já às 11h52 ocorrerá a Lua Cheia. Portanto, o ápice da superlua ocorrerá em pleno o dia no Brasil. À noite será possível constatar a iluminação diferente, mas dificilmente, sem o uso de aparelhos como telescópio, o fenômeno será percebido com facilidade.
O professor de Física e integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Astronomia e Cosmologia (Gepac) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Dennis Weaver, explica que a ocorrência da superlua não é um fenômeno raro e destaca "é perfeitamente natural". O diferencial, de fato, segundo ele, é a proximidade com a Terra, que varia a cada episódio do tipo.
"O movimento da Lua ao redor da Terra é complicado. Existem as influências do Sol nele. A órbita da Lua é levemente alongada e, ao longo dos séculos, se alonga um pouco mais, apresentando pequenas variações. Isso tudo influencia para a trajetória e a distância da Lua", garante.
Dennis reitera que dificilmente será possível observar o fenômeno a olho nu. "O que se sabe é que a Lua fica um pouco maior e um pouco mais brilhante", reforça. Até para os observadores que usam equipamentos na tentativa de visualizar tais fenômenos a condição será complicada nesta segunda-feira. Isto porque, em sua fase cheia, fica muito brilhante e reduz os pontos de contraste no céu, "apagando" as constelações. "É tão brilhante que incomoda. Dia de lua cheia é de folga para astrônomos", brinca.
Uma das dicas para quem quer observar a superlua é fotografar o satélite natural nesta noite, em uma determinada posição, e repetir a ação daqui a um mês, orienta. "Depois, o observador pode compara as imagens e percebe a diferença. Se não quiser fazer isso, basta olhar para o céu e aproveitar a iluminação diferente. Se permitir observar já é encantador", defende.
Informações
Dennis informa que o fenômeno pode ocorrer todos os anos e algumas instituições - como a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa); e, no Brasil, o Observatório Nacional - costumam informar o dia e a hora que a distância entre a Lua e a Terra pode se encurtar. Segundo o Observatório Nacional, em dezembro o fenômeno ocorrerá novamente. O perigeu será no dia 12, às 21h28 (hora de Brasília). A fase cheia será no dia 13 de dezembro às 22h06 (hora de Brasília).
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