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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Sobe para 14 o nº de presos suspeitos de ataques a delegacias

Marcas dos disparos que atingiram fachada do 3º DP, em Fortaleza (Foto: Marina Alves/TV Verdes Mares)

Mais dois homens suspeitos de participação nos ataques contra policiais e órgãos da segurança pública foram presos na quarta-feira (20) no município do Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza. Até o momento, conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), 14 pessoas foram capturadas e outras 30 foram identificadas pela polícia.

De acordo com a SSPDS, os últimos dois presos estavam se preparando para atacar um carro da Polícia Militar. Os suspeitos ainda tentaram fugir, mas um deles foi baleado e a polícia conseguiu realizar as prisões.

Com eles, a polícia apreendeu um revólver calibre 38 e uma pistola 380, além de munição e carregadores. A polícia ainda descobriu que o carro que eles estavam era clonado. No celular dos suspeitos haviam mensagens sobre os ataques.

A dupla foi conduzida para a Delegacia Metropolitana do Eusébio, onde eles foram autuados em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma e tentativa de homicídio.

Série de ataques

Desde a última quinta-feira (14), sete prédios da segurança-pública - seis delegacias e a sede da Guarda Municipal de Fortaleza - sofreram atentados. Pelo menos cinco ônibus tambem foram incendiados. (veja abaixo infográfico com locais atacados)

Durante a semana, oito policiais foram baleados, em ataques e tentativas de assalto. Um sargento da PM acabou morrendo.

O delegado Raphael Villarinho, titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), informou que investigações estão sendo realizadas há pelo menos 15 dias. O delegado disse que as ordens eram repassadas por telefone e por recados durante as visitas aos detentos.

"A gente vem trabalhando e já identificou os mandantes. A ordem vem do presídio. O líder do presídio manda a ordem para o suspeito, que regimenta outros soldados pra fazer a ação", destacou o delegado.


Raphael Villarinho acrescentou que 46 pessoas foram presas no Ceará desde o ano passado, após iniciarem os primeiros ataques a prédios públicos. As prisões ocorreram em bairros de Fortaleza e cidades do interior do estado.

G1/CE