-->

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Greve dos professores estaduais completa 40 dias, mesmo ilegal

Os professores realizaram ontem novo protesto, na Secretaria da Educação, para pressionar pelo reajuste salarial da categoria ( FOTO: NATINHO RODRIGUES )

A greve dos professores da rede estadual completa hoje 40 dias. Embora o movimento tenha sido declarado ilegal pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), no dia 6 de maio, os educadores mantêm a paralisação e ontem realizaram um protesto pelo reajuste salarial de 12,67% (10,67% de reposição da inflação de 2015 e 2% de ganho real). O ato ocorreu na sede da Secretaria da Educação do Estado (Seduc).

A manifestação foi programada em assembleia realizada no último dia 25. Na próxima quarta-feira (8), haverá nova assembleia geral da categoria, às 9h, no Ginásio Paulo Sarasate, conforme a assessoria de comunicação da Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais Ceará (Sindicato-Apeoc).

Durante o ato, o secretário da Educação, Idilvan Alencar, recebeu uma comissão de representantes dos professores. No encontro, o titular apenas confirmou demandas já garantidas, como um pacote de investimentos de mais de R$ 140 milhões anunciado no dia 9 de maio, pelo governador Camilo Santana. A verba deve ser usada na infraestrutura das escolas (reformas e manutenção), alimentação escolar, aquisição de computadores, assim como notebooks para premiar os melhores alunos. O anúncio do reajuste deve ser feito pelo Governo do Estado neste início de junho.

Diálogo

Apesar da manutenção da greve, a Seduc informou que, das 709 escolas, mais de 400 funcionam normalmente. A Pasta declara que tem dialogado com representantes dos estudantes para acolher os pedidos em prol de melhorias na educação.

Além da paralisação dos professores, desde o dia 28 de abril, os alunos ocupam escolas por diversas regiões do Estado, sendo 42 na Capital e outras 17 no Interior. Os estudantes reivindicam melhorias como alimentação escolar, infraestrutura das escolas, equipamentos e a criação de um espaço permanente de diálogo. Os atos servem de apoio à greve dos professores.


Na próxima segunda-feira (6), conforme a Seduc, as escolas que aderiram à greve, mas voltaram às atividades, já começam a elaborar os calendários de reposição, garantindo o cumprimento dos 200 dias letivos aos quais os alunos têm direito. 

Diário do Nordeste