O cearense Cícero Rodrigues, que trabalha como gerente comercial, estava com a esposa nas arquibancadas do Stade de France, em Paris, acompanhando o amistoso entre França e Alemanha. Estava tudo tranquilo, quando o pânico tomou conta dos torcedores durante o segundo tempo. Três explosões no entorno do estádio puderam ser ouvidas.
"No segundo tempo ouvimos dois estrondos, bem altos, mas já tínhamos combinado (eu e minha esposa) de saímos aos 30 minutos do segundo tempo para pegar o metrô e se dirigir ao hotel. Até então o clima estava super tranquilo dentro do estádio. Quando saímos, a polícia começou a impedir a saída dos torcedores".
Neste momento, em que a polícia francesa começou a impedir a saída da torcida, o gerente comercial disse que o pânico se instalou dentro do Stade de France. "A partir daí começou uma grande movimentação. Acho que as pessoas que estavam dentro do estádio já estavam descobrindo o que estava acontecendo. Aconteceu um corre-corre", disse.
Do lado de fora, Cícero Rodrigues falou sobre o forte esquema de policiamento nas ruas de
Paris. Conseguimos sair, mas até esse trajeto ao metrô, tinha muita polícia, exército, e um pessoal guiando as pessoas que saíam do estádio. A nossa estação era a última da linha.
Em várias outras, o metrô não parava mais...conseguimos chegar bem ao hotel. Ficamos sabendo o que realmente tinha acontecido através de outra brasileira, que encontramos dentro do metrô.
Ao fim do amistoso, as informações davam conta de tiroteios em pelo menos três pontos de Paris, além de um ataque na casa de espetáculos Bataclan, onde cidadãos foram feitas de reféns. Em meio a todos os atentados, ao menos 60 pessoas foram mortas e outras dezenas ficaram feridas. O grupo terrorista Estado Islâmico teria assumido a autoria dos atentados.
Diário do Nordeste