Um mistério assombrou os moradores de Umirim (91Km de Fortaleza) durante o feriadão. O corpo de uma mulher, sepultado há mais de 20 anos, foi descoberto praticamente intacto. Depois de mais de duas décadas enterrado, o cadáver apresentava-se inteiro e até mesmo as roupas que a morta foi vestida em seu sepultamento estavam intactas.
A descoberta aconteceu quase que por um acaso. O zelador do cemitério da localidade de São Joaquim da Amontada, na zona rural de Umirim fazia a limpeza diária dos túmulos quando descobriu que parte de um corpo estava fora da sepultura. Achando aquilo estranho, ele decidiu verificar o que havia acontecido, pois poderia ter ocorrido uma violação do jazigo.
Para surpresa do zelador, o corpo da mulher estava praticamente intacto, mesmo depois de tantos anos. Segundo consta nos registros do cemitério, a mulher (cuja identidade não foi revelada) teria falecido em decorrência de problemas de saúde no ano de 1994.
Além das vestes em perfeito estado, chamou também a atenção de quem foi ver o corpo, uma pulseira no punho esquerdo do defunto. Era de uma identificação de que a mulher havia sido atendida no Hospital São Camilo, do Município de Itapipoca.
Como não houve sinais ou indícios claros de que acontecera uma violação de túmulo ou o crime de vilipêndio de cadáver (conforme previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro), a Polícia não tratou o fato como uma ocorrência. Enquanto o assunto virou conversa na cidade, restou à administração do cemitério tentar localizar a família da morta e providenciar a recolocação do corpo na sepultura. Mas o mistério dará, ainda, muito o que falar naquele povoado.
SAIBA MAIS:
O vilipêndio de cadáveres é considerado um crime contra o respeito aos seres humanos mortos, previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro, lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940.
De acordo com esta lei, o ato de vilipendiar cadáveres ou suas cinzas, pode ser punido com pena entre um a três anos de reclusão e pagamento de multa.
Entre os crimes mais comuns de vilipêndio do corpo humano morto está a chamada necrofilia, ou seja, quando alguém mantêm relações sexuais com o cadáver.
Blog do Fernando Ribeiro