O Brasil cumpriu a sua obrigação, ao derrotar a frágil Venezuela por 3 a 1, em Fortaleza. O maior mérito foi se comportar desde que a bola rolou como um gigante do futebol, se impondo diante de um adversário sem história. Tanto que abriu o placar logo aos 36 segundos, num desarme de Luiz Gustavo, que deixou Willian livre para bater sem defesa para Baroja.
A seleção vinotinto até que tentou esboçar uma reação, mas o time de Dunga reforçou a marcação, e privilegiou a movimentação do meio para frente, criando mais oportunidades. Numa delas, aos 29, Douglas Costa invadiu a área livre e preferiu rolar para Oscar, que acabou travado pela zaga. Aos 42, Filipe Luiz cruzou rasteiro, Oscar deixou passar, e Willian concluiu sem dó: 2 a 0.
Noel Sanvicente fez duas mudanças no intervalo, tentando tornar a Venezuela mais veloz e agressiva, esbarrando sempre, no entanto, nas suas muitas limitações. E o Brasil, quando retomava a bola, e escapava das pancadas do adversário, deixava de aproveitar as facilidades que lhe eram oferecidas, errando invariavelmente o último passe.
Restava aos visitantes explorar as bolas paradas, dadas as falhas do time da casa no jogo aéreo. Aos 18, Vizcarrondo desviou cobrança de escanteio e Christian Santos escorou na pequena área, diminuindo o placar. A seleção caiu visivelmente, criando breve suspense, mas soube enfim se valer de mais uma pixotada, como se dizia antigamente, da retaguarda grená. Foi aos 28. Douglas Costa cruzou da esquerda, Vizcarrondo furou de forma espetacular, e Ricardo de Oliveira, de cabeça, meteu 3 a 1.
Na sequência, Dunga lançou Kaká e Hulk - quem sabe para mostrar como dois seres humanos podem praticar futebol de formas distintas. E a Venezuela praticamente desistiu. Na realidade, o Brasil poderia e deveria ganhar marcar mais gols, pois há chance do saldo decidir uma vaga. Mas o fato é que ganhou, evitando que outros concorrentes mantenham grande vantagem na tabela.
A luta continua em novembro, com o retorno de Neymar: Argentina, dia 13, lá, e Peru, 17, aqui.
Esportes/L