RIO - A taxa de desemprego no Brasil aumentou para 8,6% no trimestre encerrado em julho, ante 6,9% no mesmo período do ano passado, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa desde o início da série histórica, iniciada em 2012. No trimestre encerrado em abril de 2015, o nível de desocupação estava em 8%.
O desemprego subiu porque mais pessoas entraram no mercado de trabalho à procura de uma vaga, mas apenas uma pequena parcela conseguiu emprego.
De acordo com a pesquisa, que abrange 3,5 mil municípios no país, a população desempregada no trimestre encerrado em julho aumentou em 26,6% na comparação o mesmo período do ano passado, para 8,6 milhões de pessoas. Foi a maior variação da série para esta comparação. Perante o trimestre de abril, houve expansão de 7,4%.
A quantidade de pessoas ocupadas era de 92,2 milhões no trimestre, 0,3% maior que no mesmo período do ano passado, quando foi 91,9 milhões. Ante abril, o número ficou estável.
O nível de ocupação - indicador que mede a parcela da população ocupada em relação àquela em idade de trabalhar - caiu para 56,1%, em relação aos 56,8% de mesmo período do ano passado e aos 56,3% no trimestre encerrado em abril.
Renda
A Pnad Contínua mostrou que o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.881) ficou estável no trimestre de julho frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015 (R$ 1.897) e, em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 1.844), houve alta de 2,0%.
A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em julho (R$ 167,8 bilhões) não apresentou variação significativa frente ao trimestre móvel anterior, segundo o IBGE. Em relação ao mesmo trimestre de 2014, houve elevação de 2,3%.
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