Os senadores Fernando Collor de Melo (PTB-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI) são alvos da nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira, 14. A subdisiária da Petrobras, BR Distribuidora, também foi alvo da investigação. Collor foi citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef como um dos beneficiados pelo esquema de corrupção na estatal.
A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências de Collor em Brasília e em Alagoas. Os agentes também foram para a TV Gazeta, afiliada da TV Globo no nordeste, que pertence à família de Collor, um dos principais acionistas.
A Operação Politéia tem como objetivo o cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, referentes a seis processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato, informou o site do órgão nesta terça-feira, 14.
O dono da UTC, Ricardo Pessoa, citou Collor e Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, em seu depoimento à Justiça. O empreiteiro disse que pagou R$ 20 milhões a Collor entre 2010 e 2012 em troca da influência do senador nos negócios com a BR Distribuidora. Ao senador do PP, foram pagos R$ 2 milhões, ainda conforme o depoimento de Pessoa.
Os policiais buscaram na distribuidora documentos que possam ligar a companhia aos casos de corrupção delatados. Outro ponto visitado pela PF foi um escritório ligado ao deputado federal Eduardo Fonte (PP-PE) em Recife.
Foram atingidos ainda o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e o ex-ministro Mário Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia, mas que na época do esquema estava no PP.
O POVO Online