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sábado, 4 de julho de 2015

Polícia desmente boato de rapto de crianças para roubo de órgãos


A polícia desmentiu nesta terça-feira (2) o boato que circula nas redes sociais sobre a suposta atuação de sequestradores de crianças ligados a uma quadrilha de tráfico de órgãos na região. A informação falsa ganhou força nesta semana na internet e gerou preocupação aos pais.

Na região, as diferentes versões dos textos compartilhados no Facebook e no aplicativo WhatsApp apontam que crianças estariam sendo sequestradas na porta de escolas ou por fotógrafos que assediam as crianças com o pretexto de fazer fotos.

Outro boato dá conta que os supostos criminosos estariam agredindo as mães para levar seus filhos. Em todos estes casos, as mensagens apontam que as vítimas do rapto seriam mortas para o roubo de órgãos.
Junto com as mensagens, áudios também são compartilhados, com mães que supostamente conhecem as vítimas, descrevendo como a ação ocorreu e até de supostas vítimas dando detalhes dos crimes.

O comando das Polícias Civil e Militar na região informaram que não consta nenhum atendimento de ocorrência desta natureza no Vale.
Preocupação

Mãe de uma criança de cinco anos, um mulher de 36 anos, que preferiu não ser identificada, disse que ficou em alerta depois da mensagem. "Eu fiquei muito preocupada, mesmo sabendo que podia ser falsa a mensagem. O problema é que o texto especificava o bairro onde os supostos criminosos agem, fiquei com medo", disse ao G1. 

Outra mãe, moradora de Paraibuna, confessa que compartilhou a mensagem, por precaução. "Qualquer mãe fica preocupada, então mesmo sem saber, achei que deveria repassar. Na dúvida, é melhor avisar quem tem filhos pequenos também", disse a agente de saúde Lucélia Rabelo Silva, de 27 anos.

Prejuízo
A Polícia Civil fez ainda um alerta sobre os prejuízos da propagação de informações falsas.
"Quando essa falsa informação chega à polícia, ela vai demandar tempo para verificação dos fatos e isso pode atrapalhar a apuração de demandas reais. Além disso, boatos assim trazem pânico desnecessário à população", afirmou Marcos Rogério Machado, delegado assistente do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-1).

O delegado disse ainda que, se identificado quem deu início ao boato, o responsável pode responder por crimes como calúnia ou denunciação caluniosa. "Se comprovado que a pessoa inventou ou quis prejudicar alguém com falsas histórias, a pessoa pode responder judicialmente", alertou.

G1