O prejuízo com a mortandade de peixes no Açude Castanhão, no Ceará, pode chegar a R$ 18 milhões. Os produtores do Jaguaribe dizem que perderam quase 100% de toda a produção de tilápia, principal renda das cidades da região.
Nos últimos cinco dias, foram retirados do açude cinco caminhões com peixes mortos. A estimativa é de que cerca de três mil toneladas de tilápia apodreceu e ficou inadequada para o consumo.
De acordo com a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), na maioria das vezes, a mortandade de peixes está associada com a baixa concentração de oxigênio dissolvido na coluna de água.
O oxigênio, conforme a Cogerh, dissolvido na água, tanto pode ser oriundo da incorporação do ar à coluna de água, pela ação dos ventos, quanto pelo oxigênio produzido pela fotossíntese das algas, sendo que esta concentração de oxigênio dissolvido é variável de acordo com a profundidade da coluna de água.
A Cogerh ressalta que não procede a alegação de que a operação da válvula pode ter sido a ocasionadora da mortandade. Uma equipe da Cogerh vai ao local para realizar uma investigação mais detalhada no local.
Açude Castanhão
O Açude Castanhão localizado na Região Hidrográfica do Médio Jaguaribe, no município de Alto Santo, tem capacidade de acumulação de água de 6,7 bilhões m³, atualmente com 1,34 bilhão m³ (20%).
O reservatório é de responsabilidade do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e é operado, em parceria, com a Cogerh. O Açude Castanhão pereniza o Vale do Jaguaribe pela válvula dispersora com vazões que variam de acordo com as necessidades da operação, respeitando as médias estabelecidas pela alocação negociada, procurando o atendimento eficiente dos usos múltiplos.
G1/CE