Como resposta aos incidentes ocorridos dentro de campo e nas dependências do estádio, por ocasião da final do Campeonato Cearense de 2015 - entre Ceará e Fortaleza - a 1ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol (TJDF/CE), puniu ontem, os principais protagonistas da final.
A Federação Cearense de Futebol foi multada em R$ 10 mil reais; A Arena Castelão, palco da partida e referência de conforto para o torcedor, foi interditada em 90 dias; o Ceará foi multado em R$ 10 mil, afora a perda de sete mandos de campo; Já o Fortaleza recebeu a multa de R$ 15 mil, mais a perda de mando de campo de oito partidas. Vale esclarecer ao torcedor, que as punições se referem ao Campeonato Cearense, ou competições promovidas pela FCF.
O ponto nevrálgico das penas é a Arena Castelão, pois Ceará e Fortaleza realizam lá seus jogos pelo Campeonato Brasileiro, um pela Série B e outro pela Série C.
A 1ª Comissão Disciplinar votou pela punição de forma unânime, acompanhando o voto do relator do processo 137/2015 - auditor Rodrigo Azin, o qual fez uma exposição considerada ideal para todos os incidentes que ocorreram.
Rodrigo Azin fundamentou-se no artigo do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) mais apropriado aos incidentes, que ganharam repercussão nacional e internacional: o 213, que se refere a "Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto, invasão do campo ou local da disputa do evento", seguindo vários dos seus incisos, que envolvem perda de mando de campo e multa pecuniária. Os clubes terão 15 dias para pagarem essas multas.
Justificativas
Rodrigo Azin explicou vários aspectos de sua decisão. Antes de mais nada, nenhum torcedor foi identificado pelas imagens cedidas pelas televisões locais, por isso, ninguém foi indiciado.
"A Arena Castelão, enquanto pessoa jurídica foi excluída do processo, mas punida porque foi o estádio indicado pela FCF para a realização da partida. Poderia ter sido o PV, Abilhão ou
Romeirão", explicou.
O relator do processo disse ainda que a interdição da Arena Castelão se deu também pelo fato de que, conforme depoimento de uma testemunha do processo, de quatro saídas de emergência do estádio - no dia da briga dos torcedores - apenas duas estavam abertas. "É uma denúncia gravíssima, porque as saídas de emergência precisam estar prontamente à disposição do público", afirmou ele.
Diário Online